terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Cantanhede - Câmara quer avaliação à Consulta Aberta no hospital
Se digo que esta ou aquela coisa não me agrada, estou protestando. Se me ocupo, ao mesmo tempo atentar que algo que não gosto não volte a ocorrer, estou resistindo. Protesto quando digo que não continuo a colaborar. Resisto quando me ocupo de que também os demais não colaborem.
ULRIKE MEINHOF
O presidente da Câmara de Cantanhede vai enviar um documento ao ministro da Saúde, pedindo já, após três semanas de substituição do Serviço de Urgência do Hospital pela Consulta Não Programada, uma avaliação ao novo modelo de funcionamento. Menos comedidos, alguns membros da Assembleia Municipal, consideram já que foram enganados pela tutela.
Os digníssimos representantes da Câmara não foram enganados, quiseram ser enganados.
Estive presente na reunião promovida pela Câmara para debater o assunto e vim de lá com a certeza que iríamos perder as urgências ou ficar com um projecto tipo diz que é uma espécie de urgência.
Em primeiro lugar porque foi feita uma desculpabilização da comissão que fez o estudo sobre o Hospital de Cantanhede. Não pudemos passar a mão para quem em Lisboa e sentado num gabinete com um bom ar condicionado, agarrou numa régua e num esquadro, utilizou dados do tempo dos afonsinos e delineou um estudo, que parece ter sido feito por encomenda ou por atacado.
Por outro lado os eleitos para os órgãos de soberania local tem como missão zelar pelos interesses do povo que os elegeu e não alinhar na disciplina partidária.
Cantanhede quer devido a falta de acessibilidade, quer devida à distância, quer devido ao número de habitantes tem direito a ter urgências 24 horas e mais tem direito a um hospital de referência que sirva o concelho e muitos habitantes de concelhos vizinhos.
Isto só é possível porque para este ministro e para este governo as pessoas são números e este plano para as urgências insere-se na estratégia de redução dos serviços públicos de saúde, realizado à custa de cortes e apenas com a preocupação de fazer baixar a despesa pública sem olhar às consequências para a saúde dos portugueses. Foram as maternidades, depois os SAPs e agora as urgências.
Os Hospitais de Coimbra para onde estão a ser canalizados os nossos doentes não conseguem responder em tempo e dentro em pouco em qualidade a esta onda de urgências com lidam diariamente e sobretudo no período nocturno e fim de semana, casos lamentáveis como o de Aveiro, já povoam a mente de quem para lá é obrigado a deslocar-se.
O Governo tem funcionado como "um empreiteiro" que quer destruir um prédio, tira as telhas e as janelas para entrar as chuvas para o prédio se degredar e depois vem dizer que tem que se deitar a baixo o prédio.
Infelizmente os nossos edis foram na cantiga do ministro da saúde ou não quiseram lutar como esta a fazer a Câmara da Anadia, cabe pois ao povo de Cantanhede tomar nas suas mãos o que os outros não souberam fazer. Dirão alguns agora é tarde! Eu digo a esses velhos do Restelo nunca é tarde para lutar, porque a razão esta do nosso lado, porque a saúde é um direito e não um negócio.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
O malogrado défice, quanto a mim, não se combate destruindo tudo aquilo que levou décadas a constrtuir e a conquistar, mas sim, racionalizando o que temos e o que está feio, ao mesmo tempo que e muito bem, se tem conseguido aravés do combate à fruade e fuga ao fisco. Por outro lado, como é que se explica que se tenha gastado milhões do herário públco naquilo que diziam ser a descentralização dos serviços, o "levar" os serviços às populações, e, agora se ponha todo esse esforço no titeiro e se comece a "roubar" esses mesmos serviços...
M. António
que pessimismo!!!
Toca a levantar esse "astral"...
Ouvi dizer que vai haver uma reforma á reforma da saúde!
Parece que na reforma da reforma da saúde vamos todos ter acesso aos cuidados de saúde primários... e não só... de que actualmente beneficiam os nossos políticos!
Querem melhor?
Post Scriptum: Necessitamos de passaporte acutalizado.
Enviar um comentário