quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Museu da Pedra

Podia lá esquecer-me do Museu da Pedra. Mais um bom exemplo a aplaudir...

Museu da Pedra bate recorde (asbeiras)


Um ano inesquecível para o Museu da Pedra. Visitantes foram mais de 27 mil, permitindo que o espaço museológico se tenha afirmado ainda mais.Definido como um espaço de “referência identitária e um lugar privilegiado de aprendizagem, que promove várias actividades destinadas a públicos de origens culturais diferentes”, o Museu da Pedra, localizado em Cantanhede, recebeu em 2007 um total de 27 mil 135 visitantes. Este ano permitiu que os visitantes do Museu tenham crescido em cerca de 10 mil, em relação a 2006, e que o espaço se afirme, cada vez mais, como um local de atracção da cidade de Cantanhede. Do total de visitantes, cerca de 10 mil conheceram o espaço em contexto familiar e os restantes em contexto escolar. Estes números, para Maria Carlos Chieira, fazem de 2007 “um ano extraordinário” para o Museu. A directora do Museu da Pedra referiu ao DIÁRIO AS BEIRAS que o sucesso de visitas se deve “às diferentes exposições que atraíram muito e diverso público”. Sem esquecer que para tal sucesso contribuiu a exposição “Os Dinossáurios regressam a Cantanhede” - uma mostra do Museu Nacional de História Natural, Maria Carlos Chieira lembrou que também a exposição “O brinquedo através dos tempos” se constituiu como um grande sucesso. Mas nem só de exposições se fez o sucesso de um espaço de cultura que este ano vai assinalar sete anos de existência. A “Noite no Museu”, que decorreu durante a exposição dos dinossáurios foi outra iniciativa em que o sucesso foi palavra de ordem. Aliás, nesta iniciativa houve mesmo quem tivesse ficado de fora, por estarem esgotadas as inscrições. Com esta acção as crianças puderam saber que, afinal, num museu também se dorme e se faz um sem número de descobertas e actividades. Definido também como um “espaço vivo”, onde a cultura acontece, o Museu da Pedra ainda foi um local onde houve concertos. As palestras, os ateliês e, claro, as exposições, foram os “ingredientes” utilizados na construção de um ano de sucesso do museu. Tratando-se de um museu municipal “onde há um forte investimento por parte da autarquia”, Maria Carlos Chieira refere que a “cultura não necessita de ser paga”. Daí que não seja de estranhar que as visitas ao espaço sejam totalmente gratuitas. Mas, não é por esse facto que os visitantes são de diversos pontos do país, nomeadamente de Lisboa e Porto. Neste espaço museológico as crianças são, muitas vezes, as “personagens” mais importantes. Nas várias mostras já realizadas, quase sempre, é possível “mexer e tocar”, de forma a proporcionar aos mais novos a “aquisição de mais conhecimentos com a exposição”. “É importante que existam objectos onde é possível tocar e mexer”, pois o conceito de museu “mudou”. É necessário que os museus sejam “espaços vivos”. Aliás, este facto fez com que, aliado às exposições, os serviços educativos estejam “integrados” no espaço. Hoje, e no Museu da Pedra em particular, há muito mais do que visitas guiadas. “Há actividades paralelas que permitem ter uma aula no museu”, acrescenta Maria Carlos Chieira. Mas, nem só neste campo os museus sofreram alterações. No que ao de Cantanhede diz respeito “são as crianças que levam os pais a visitar”. Depois de uma visita realizada pela escola, o entusiasmo cresce e contagia os mais velhos a conhecer esta ou aquela exposição. “Ao fim-de-semana aparecem muitos pais trazidos pelos filhos”, que depois de terem visitado o espaço desejam voltar com a família. Fasquia mais elevada para este ano Depois de um ano marcado pelo sucesso, a directora do Museu da Pedra pretende “continuar a crescer”. “Que 2008 seja um ano de nova adesão significativa”, deseja Maria Carlos Chieira. No ano em que celebra sete anos, e depois dos 27 mil 135 que escolheram o espaço para visitar, a directora gostava que o público chegasse aos “30 mil”. Ciente que, a partir de agora, a fasquia é elevada, não esquece o facto do espaço estar intimamente ligado à Casa da Cultura. E, se em 2007, foi o museu que mais visitantes recebeu, este ano, em que os dois edifícios vão ficar ligados entre si, a Casa da Cultura vai, com certeza ter uma palavra a dizer. Para já, a Casa da Cultura vai acolher uma exposição de vestidos de noiva - de várias épocas e de diferentes estilistas - bem como a XIII Cantarte e o VIII Ciclo de Artistas Locais. A ligação entre os dois edifícios culturais, cujas obras se vão iniciar em breve, vai permitir que os visitantes conheçam os dois espaços quase sem se aperceberem da transição.

Sem comentários: