sábado, 31 de janeiro de 2009
Inscrições abertas para a Expofacic, em Cantanhede
As empresas ou pessoas singulares que pretendam participar pela primeira vez como expositores na Expofacic – Exposição/Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede podem desde já, e até ao próximo dia 16 de Fevereiro, formalizar o seu pedido à Comissão Executiva. Para isso, os interessados deverão apresentar a sua pré-inscrição nos serviços administrativos da INOVA-EM, durante o horário de expediente, através de um formulário que pode ser solicitado pelo e-mail geral@inova-em.pt ou retirado aqui e aqui (no sítio da Expofacic), onde está também disponível para consulta o regulamento de participação.
A XIX Expofacic irá decorrer de 24 de Julho a 2 de Agosto no Parque Expo-Desportivo de S. Mateus, prevendo-se que venha a contar com um ligeiro aumento do número de expositores relativamente aos quinhenetos registados o ano transacto, em função de algumas alterações na organização dos espaços que a organização já está a estudar.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Cavalos Puro Sangue Lusitano? É com o Cadima
O maior criador do país acima do Ribatejo dos tão apreciados e vistosos cavalos Puro Sangue Lusitano (PSL) tem o nome da freguesia onde vive – Cadima (Cantanhede) – e possui terrenos e cavalariças em Tentúgal (Montemor-o-Velho), no Baixo Mondego. Para além do número o importante é a qualidade e, esta, tem sido reconhecida pela categoria da linhagem e por ter animais com as cores mais procuradas.
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Atentados democráticos
Quando um eleitor exerce o seu direito de voto elege os seus representantes e não o Primeiro-ministro ou o líder partidário que, como se sabe, não é sequer sufragado. Estas tomadas de posição são um verdadeiro atentado à Constituição e à essência do voto.
Os nossos políticos vão retratando o pior da nossa democracia. Se pudessem ou soubessem Chavez seria um menino de coro ao pé deles!
Gato escondido ......
Este governo é perito em atirar areia para os olhos aos portugueses. Para além das comissões de estudo que não são mais que funcionários ao serviço do PS e que tanto mal tem feito à saúde, segurança e educação dos portugueses, o PS entrou em desvario total na tentativa de tornar a ter uma maioria absoluta.
Na semana passada as páginas dos Jornais encheram-se com a notícia que a OCDE tinha elogiado a politica deste governo relativamente ás “reformas” implementadas no primeiro ciclo do ensino básico. O primeiro-ministro tão dado a folclores mediáticos e a festivais de corta fitas, fez um elogio público à ministra da tutela, largamente difundido pelos media.
Agora veio a publico que o “estudo” tinha sido encomendado a peritos internacionais independentes, liderada pelo Prof. Peter Matthews. A avaliação que realizaram em Portugal segue de perto a metodologia e abordagem que a OCDE tem utilizado para avaliar as políticas educativas em muitos países-membros ao longo dos anos."
As fontes documentais são quase todas dos organismos do ME. Os 4 peritos portugueses consultados são todos próximos ou militantes do PS. O Relatório baseou-se num relatório prévio feito pelo Ministério da Educação. E os 7 municípios ouvidos são todos do PS menos um que é do Major Valentim Loureiro, um independente que gosta de elogiar a ministra da educação e que tem em comum com José Sócrates a mania de oferecer eletrodomesticos. Ora digam lá: por maior que sejam os curricula vitae dos autores do Relatório e por maior consideração que tenhamos (e eu tenho) para com o percurso académico dos 4 peritos nacionais consultados (João Formosinho, Isabel Alçada, Rosa Martins e Lucília Salgado), que credibilidade é que este Relatório pode merecer?
Nota: os municípios ouvidos foram: Guimarães (PS); Santo Tirso (PS); Amadora (PS); Ourique (PS); Lisboa (PS); Portimão (PS); Gondomar (Independente). Podemos afirmar, sem estarmos enganados, que Valentim Loureiro é o mais socialista de todos os independentes. Não deixa passar uma oportunidade para elogiar José Sócrates e a Ministra da educação.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
A indisciplina nas escolas (vista por F. Savater)
Cinco mil postos de trabalho em risco no sector das confecções
Quarenta empresários reuniram ontem em Oliveira do Hospital e pedem medidas de apoio a uma indústria que, segundo dizem, continua a ser a «maior do país». Representante das confecções garante que uma das saídas para esta crise é comprar “português”.
São ainda os principais empregadores da região e reuniram ontem de «emergência» em Oliveira do Hospital para consertar estratégias, face à quebra de encomendas que está a atingir o sector das confecções. Ao todo representam cinco mil postos de trabalho, sendo que só o concelho de Oliveira tem cerca de dois mil trabalhadores dependentes desta indústria. Confrontados com uma quebra acentuada das encomendas para os próximos meses, estes empresários solicitaram uma reunião com a associação representativa do sector – a ANIVEC Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecções – com o objectivo de fazerem sentir ao Governo a crise que atinge, segundo os próprios industriais, de forma grave, o sector do vestuário e confecções, e exigirem algumas medidas de apoio.
Da reunião de ontem saiu um conjunto de reivindicações que os empresários reputam de justas para um sector que continua a ser responsável por uma parte significativa das exportações e que emprega em todo o país mais de 150 mil pessoas. «Portugal é conhecido por fazer confecções e por fazer as melhores confecções do mundo, não é conhecido por fazer automóveis», considera o presidente da ANIVEC, Orlando Lopes da Cunha, que ontem acusou directamente a Comissão Europeia de ter uma grande quota de responsabilidade nesta crise ao ceder ao «lobbie poderosíssimo» das «grandes marcas internacionais», deixando que a livre circulação de mercadorias se faça «sem regras». Orlando Cunha garante que os empresários portugueses não têm medo da competição, nem dos chine-ses, desde que essa competição se faça com as mesmas regras para todos. «A Europa está transformada num imenso ringue de boxe em que uns lutam com luvas de boxe e outros podem jogar com os pés, com as mãos, em que vale tudo», comparou o representante dos industriais, que prefere ser rotulado de «proteccionista» do que ser «coveiro» de todo um sector, que no seu entender, é um dos pilares da economia real do país.
“Pacote” de medidas
Apreensivos relativamente ao futuro, os empresários pedem assim ao Governo que crie também medidas excepcionais de apoio a esta actividade, tais como a redução das contribuições para a Segurança Social. «Isto está-se a passar em todo o mundo, ainda que por um período limitado de tempo, é preferível ter as pessoas razoavelmente empregadas, do que no desemprego, é uma questão de bom senso», afiançou, defendendo ainda um conjunto mais alargado de apoios, que vão desde a alteração do critério de pagamento do IVA às empresas, à revisão do conceito de PME – com o objectivo destas empresas poderem ter também acesso às linhas de financiamento disponibilizadas para as micro e pequenas empresas – à questão do lay off sem custos para as empresas, isto é, as fábricas poderem flexibilizar o tempo de trabalho de acordo com as encomendas, uma vez que algumas estão em risco de não ter trabalho e de ter de assumir os encargos com os trabalhadores.
Os empresários pedem ao Governo que apoie com formação esse «excedente» de horas para os trabalhadores, assim como pedem também que os despedimentos por mútuo acordo possam ser feitos de forma ao trabalhador poder ter acesso ao fundo de desemprego. “Mão menos pesada” das Finanças e da Segurança Social na cobrança das dívidas é o que estes industriais apelam também à tutela, numa altura em que o cerco se aperta sobretudo para os gerentes, que não compreendem que no fim ainda possam ter processos crime.
«Alguma coisa está mal para ninguém querer ser empresário, os nossos filhos não querem dar continuidade a isto, nós andamos a educá-los para depois irem para Lisboa para um emprego do Estado, isto não pode acontecer», lamenta o dirigente da Associação que apontou entretanto algumas medidas de fundo para combater esta crise. Primeiro, consciencializar o povo de que tem de consumir português. «É importante comprar português para a sobrevivência do tecido empresarial nacional», referiu considerando igualmente imperioso o combate a uma globalização «criminosa» e «apressada» que esteve na origem de todos estes problemas e que está a levar não só esta indústria, mas este sector em particular, ao «desespero».
FONTE
Nada de alarmante
Um militar a prestar serviço nos Pupilos do Exército e um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP), foram esfaqueados na madrugada de domingo num café situado na EN 109, na Tocha, após uma zaragata alegadamente provocada por um indivíduo de etnia cigana. Ontem à tarde, os feridos ainda estavam internados no hospital distrital da Figueira da Foz, sendo um deles submetido a uma operação devido aos golpes de navalha que sofreu nas axilas e caixa torácica.
Segundo o nosso Jornal apurou, o militar António José Ferreira Lopes, de 26 anos, residente em Pelicanos, Arazede, e o agente da PSP Bruno Jorge Lourenço Cruz, de 27 anos, residente em Inácio, Tocha, estavam no Café Ponto de Encontro, na Tocha, quando, às 05h00 da madrugada, se gerou uma discussão que envolveu um cidadão da Ucrânia e outro de etnia cigana. Tudo porque as vítimas pediram uma bebida e o ucraniano disse que estava primeiro. O indivíduo de etnia cigana meteu-se na conversa, “palavra puxa palavra”, e daí a uma enorme cena de pancadaria foi “um fósforo”.
No rescaldo da zaragata alguém puxa de uma faca e golpeia o militar e o agente da PSP na zona abdominal, tórax e axilas, e ainda outras duas pessoas que tentaram apaziguar os ânimos, embora estes mais superficialmente.
A GNR da Tocha, a poucos metros do café, foi chamada ao local, mas os agressores já tinham fugido em direcção à Figueira da Foz, onde residem, um em Alhadas outro em Tavarede. Ao local foi também chamada uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Figueira da Foz, apoiada por uma ambulância da secção da Tocha dos Bombeiros de Cantanhede, que transportaram as vítimas ao hospital da Figueira, onde ontem ainda se encontravam.
Os dois alegados agressores também foram ao hospital para tratar pequenos cortes nas mãos, e a Polícia da Figueira, alertada pela GNR da Tocha, foi àquela unidade de saúde identificar os indivíduos . A GNR da Tocha vai, agora, elaborar um relatório da ocorrência que enviará para o Ministério Público do Tribunal de Cantanhede, a quem compete a condução do competente inquérito de investigação.
FONTE
sábado, 24 de janeiro de 2009
Militares da GNR ainda dispararam dois tiros para o ar, mas os fugitivos não se intimidaram e escaparam às autoridades
Menos de 24 horas depois de ter sido presente a um juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra, o indivíduo que protagonizou uma fuga com perseguição policial em Ançã esta quarta-feira, provocando um acidente que feriu uma condutora e que redundou na sua detenção na EN 111, volta a ser o principal protagonista de cena idêntica. Desta vez em ruas de Cantanhede e aldeias limítrofes, sempre em alta velocidade, bem à maneira “dos “triller´s de Hollywood”. Ontem, bem cedo, ainda não eram 07h30 da manhã, uma patrulha da GNR detecta um veículo de marca Honda estacionado no Largo Pedro Teixeira, no centro da cidade, com dois homens no seu interior, que levantaram suspeitas.
Na abordagem policial, o indivíduo que estava ao volante nem deu tempo ao agente de articular qualquer palavra. Põe o motor do carro a trabalhar e arranca a grande velocidade em direcção à Rua 5 de Outubro. O militar da GNR não teve dúvidas: o condutor era o mesmo da perseguição policial dois dias antes, em Ançã. O outro indivíduo, alegadamente, é um suspeito com residência em Ançã que faz parte do “gang”, que inclui uma rapariga de Cantanhede, referenciado pelas autoridades pela autoria de vários crimes e ao consumo de drogas.
Perante a fuga, os dois agentes da GNR, que usavam na sua missão de patrulhamento rotineiro um jipe Mitsubishi caracterizado não hesitaram. Encetam uma perseguição aos suspeitos que seguem em direcção ao bairro de S. João, várias ruas do centro da cidade, em direcção à rotunda da Jovimota, de acesso à EN 234-1.
O motor do Honda, roubado no dia 18 deste mês em Leiria, “roncava” e chamava a atenção de automobilistas e camionistas que se cruzavam com os fugitivos. O jipe da GNR (novo) acompanhava a pouca distância a “marcha infernal” dos suspeitos.
As tentativas dos agentes em convencer os suspeitos a parar não resultaram. Na EN 234, no sentido Cantanhede-Mira, a velocidade aumentou. Os agentes, via rádio, solicitaram apoio de outra patrulha que estava no exterior. Precisamente na zona para onde os fugitivos se dirigiam (em direcção a Mira).
Condução suicida
Na tentativa de “trocar as voltas” aos perseguidores, saem da EN 234 e entram na aldeia de Varziela, de ruas estreitas e em labirinto, com vários cruzamentos, continuando a praticar uma condução «suicida». Daqui seguem para outra localidade vizinha (Franciscas). Foi então que os agentes decidiram disparar dois tiros para o ar, intimidando os fugitivos, mas nem isso os fez parar. A perseguição continuou, agora novamente na EN 234. A segunda patrulha cruzou com o carro fugitivo, mas devido ao trânsito que já se notava nesta estrada, não pôde interceptar o veículo. Trânsito que acabou por dificultar a marcha do Mitsubishi dos agentes, cujo condutor não quis arriscar uma condução idêntica à dos fugitivos. Por isso estes lograram escapar (para já) às malhas da autoridade, que lhes perdeu o rasto na zona de Febres.
Cabe, agora, aos investigadores do NIC da GNR de Cantanhede localizar o arrojado “condutor” fugitivo, que como o DC noticiou anteontem, não tem carta de condução; provocou um acidente em fuga semelhante num carro roubado que fez um ferido; é suspeito de vários roubos e furtos; tem processos judiciais pendentes; e que deveria, desde ontem e todos os dias, apresentar-se no posto da GNR de Mira por ordem do Tribunal de Coimbra.
Autoridades policiais
“presas” pela lei
O Diário de Coimbra sabe que, quer um dos agentes que participou na perseguição quer um investigador dos NIC da GNR de Cantanhede, foram a Mira, onde reside o suspeito, pouco depois de lhe perderem o rasto, na zona de Febres. Passava pouco das 09h00 quando lhe bateram à porta. Ninguém atendeu. A ausência do suspeito na sua residência não deixa dúvidas ao agente que o abordou em Cantanhede ao volante do Honda. É o mesmo da perseguição em Ançã. O espanto destes elementos da GNR surgiu por volta das 10h00, quando o suspeito entra no posto da GNR de Mira para se apresentar às autoridades, conforme a ordem do tribunal. Confrontado com os factos vividos horas antes, o suspeito negou qualquer envolvimento na situação descrita, afiançando que àquela hora estava em casa. O certo é que o indivíduo “assinou o ponto” no posto da Guarda, bebeu um café e foi à sua vida, face à impotência das autoridades que, “manietadas” pela lei, não puderam deter o suspeito por não haver flagrante delito. Na presente situação, A GNR de Cantanhede vai entregar no Tribunal de Cantanhede o auto de notícia da ocorrência, que poderá decidir (ou não) chamar o suspeito para interrogatório e, eventualmente, alterar a medida de coação aplicada quinta-feira passada.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Nada de alarmante
Um cofre furtado e diverso material destruído foi o resultado de um assalto às instalações da CampiTocha. Na mesma noite uma carrinha foi furtada da Cooperativa da Tocha.
Uma patrulha da GNR de Ançã viu-se ontem de manhã envolvida numa perigosa perseguição a um automóvel no qual seguia um casal de delinquentes, já referenciado pelas autoridades pela prática de furtos e roubos.
Nos últimos dias o concelho de Cantanhede foi noticia pela vaga de criminalidade que o varreu. Fechar os olhos, banalizar só ajudam ao aumento da criminalidade.
Tínhamos razão quando comentando crimes em Lisboa dizíamos que amanhã num lugar perto de si. Hoje os “benefícios” da criminalidade estão “democraticamente” espalhados por todo o país.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Treino de Avançados
O treino de avançados da associação KarateDo Shotokan Gândara Bairrada (AKSGB) deste mês vai ter lugar no Ginásio Rigor, Bunhosa, Arazede.
Este treino destina-se a praticantes com graduação igual ou superior a 5º Kyu.
O treino terá o seu início às 10 do dia 31 de Janeiro e terminus por volta das 12.30.
Educação: Docentes vão pedir dissolução da AR a Cavaco Silva
O Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) vai pedir ao Presidente da República (PR) que dissolva o Parlamento, como forma de derrotar as «políticas destrutivas do Governo e salvar o ensino em Portugal».
Segundo a edição desta quarta-feira do Diário de Notícias, o pedido deverá ser apresentado no sábado, na concentração em frente ao Palácio de Belém.
«Penso que o Presidente não só não fez nada, como o seu silêncio é demasiado tácito, corroborando todas as medidas do Governo», afirmou ao DN Ilídio Trindade, porta-voz do MUP, sublinhando que esta hipótese ainda não foi colocada aos outros movimentos independentes, nem tão pouco aos sindicatos.
O que ainda faz com que o MUP pondere este pedido é o facto de essa eventual demissão do Governo poder, na opinião de Ilídio Trindade, ainda vir a beneficiar o próprio Executivo, alcançando uma maioria absoluta em eleições antecipadas.
«O problema é demasiado grave e não tem a ver apenas com os professores. O que está em causa é o ensino em Portugal e a Assembleia da República já foi dissolvida por menos», acrescenta o líder do MUP, afirmando que, entre professores, já circulam expressões do tipo: «vota à direita ou à esquerda, mas não votes PS».
FONTE
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Petição à Ministra da Educação organizada por Pais e Encarregados de Educação
A situação a que chegámos é talvez o culminar da "tomada de assalto" das escolas pela burocracia e pelas elites que fomos criando em muitos anos de políticas educativas atípicas para a própria condição humana. Ela reflecte bem o estado geral da educação em Portugal, e não augura nada de bom se não ponderarmos o rumo em que estamos lançados. Várias ameaças pairam sobre a educação nacional neste momento, sobre as quais tecemos as seguintes considerações:
a) Avaliação dos professores
Afirmamos a necessidade de um sistema de avaliação de desempenho, tanto para os professores como para as escolas enquanto instituições colectivas. A avaliação não é uma questão laboral mas sim uma questão educativa de fundo e uma indispensável ferramenta estratégica para a melhoria de competências e práticas pedagógicas e científicas, e para garantia da qualidade das aprendizagens.
Em consciência, não podemos concordar com sistemas de avaliação "fast-food", criados à luz de critérios economicistas, sem quadros independentes, formados e especializados na problemática educativa, e sem critérios e objectivos de longo prazo devidamente estabelecidos. É imperativo saber o que queremos da escola moderna e dos novos professores para saber o que vamos avaliar.
Consideramos prejudicial aos interesses dos nossos filhos e do futuro do país, um sistema de avaliação que visa pressionar o professor a facilitar a avaliação dos alunos. Os nossos filhos merecem uma preparação efectiva e não meramente estatística.As estatísticas de sucesso podem servir para abrilhantar relatórios, mas não servem os interesses dos nossos filhos nem o futuro do país.
b) O estatuto do aluno - em particular o novo regime de faltas
Não podemos concordar com o abandono de valores culturais essenciais para a formação do carácter individual e colectivo de uma sociedade de sucesso. Rigor, esforço, dedicação, dever, responsabilidade e disciplina estão cada vez mais longe da escola.
Consideramos uma grave subversão dos valores que a escola transmite quando se trata por igual situações que são antagónicas, premiando a irresponsabilidade e prejudicando o empenho. Não há sensação de justiça quando se equipara uma falta por doença ou motivo justificativo a uma simples "balda" ou "gazeta".
Acreditamos numa escola humanista, tolerante e geradora de solidariedade que seja capaz de dar todas as oportunidades a todos os alunos. Mas a escola nunca o será verdadeiramente se não for capaz de premiar a competência, reconhecer o esforço, e censurar o desleixo.
Apelando à serenidade e a meios de expressão em que prevaleça o respeito pela ordem pública e pela diferença de opinião, prestamos a nossa homenagem, admiração e solidariedade ao movimento estudantil e às associações de estudantes onde, afinal, o espírito crítico ainda sobrevive. É para nós um desejo que as novas gerações possam ser mais pró-activas (e menos passivas) no uso e reivindicação do seus direitos, liberdades e garantias, numa cultura de intervenção cívica própria das sociedades mais desenvolvidas.
Lamentamos profundamente e recusamos quaisquer atestados de menoridade ou de incapacidade crítica, implícitos nas insinuações de que os nossos filhos estão a ser manipulados. Aos que as fazem, lembramos as palavras de Epicleto: "Não devemos acreditar na maioria que diz que apenas as pessoas livres podem ser educadas, mas sim acreditar nos filósofos que dizem que só as pessoas educadas são livres".
c) Apelamos a um debate nacional, e a uma reflexão profunda
Em tempo de mudança, de uma Sociedade da Informação que se quer transformar em Sociedade do Conhecimento, da velha pessoa "reactiva" para a nova pessoa "pró-activa", que seja um verdadeiro agente de transformação, capaz de construir conhecimento, que aluno é que queremos?
Em tempo de mudança, dos velhos sistemas analógicos para a era digital, em que jovens teclam tão rápido num telemóvel ou num computador e em que nos habituámos a ver o mundo em mudança rápida e permanente até ficar bem diferente poucos anos depois de se ter iniciado o percurso escolar; que professor é que queremos?
Em tempo de mudança, o que é mais importante: traçar um perfil novo para o professor, o educando e as aprendizagens e acompanhar com uma avaliação honesta, sensata e rigorosa, ou avaliar sem se saber o que se está a avaliar porque não se sabe o que se quer? Que escola é que queremos?
Queremos a escola que Kant nos descreve, quando afirma "É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias"?
Ou acreditamos em Tucídides, quando afirma "Não pensem que um ser humano possa ser muito diferente de outro. A verdade é que fica com vantagem quem tiver sido formado na escola mais rude"?
d) Afinal, o que é que queremos construir?! Afinal, o que é que queremos avaliar?! Resignamo-nos à mediocridade, à falta de meios, à falta de ambição?
A maior derrota é perder a capacidade de reflectir. Perder a oportunidade de parar para pensar, para dialogar. Essa perda afecta o homem e a sociedade no seu último elo: a sociabilidade.
Ao longo dos últimos anos temos vindo a assistir ao desaparecimento das ciências sociais e humanas dos currículos educativos. À luz daquilo em que se transformou a política - discursos e estatísticas - esta acabou por transformar a educação em Português e Matemática.
Como afirmou o reconhecido académico António Damásio, "(...) o ensino das Artes e das Humanidades é tão necessário quanto o ensino da Matemática e das Ciências,(...) Ciência e Matemática, por si, são insuficientes para formar cidadãos".
Não admira pois que alguns titulares de órgãos de soberania tenham "fracos índices de cultura social". São já fruto de políticas educativas avessas à própria condição de cidadania. Não mudemos nada, e imaginem como serão aqueles que nos governarão amanhã.
Resta-nos a esperança de que com o novo modelo de gestão, as escolas passem a responder perante a comunidade e não perante o sistema. Resta-nos a convicção de que com o reforço do peso dos pais e outros elementos da comunidade na gestão das escolas possamos, em conjunto com os professores e os nossos filhos, mudar um destino fatal.
Assim, e pelo exposto, os Pais e Encarregados de Educação abaixo assinado, requerem a Sua Ex.a a Ministra da Educação:
1. A suspensão do Decreto-Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, que regulamenta o regime de avaliação de desempenho do pessoal docente do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário;
2. A urgente abertura de um processo negocial, que promova um amplo debate nacional e uma reflexão séria sobre os objectivos nacionais a atingir através das políticas educativas;
3. A abertura de um processo de revisão da lei 3/2008 de 18 de janeiro, que aprova o Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário, de forma a consagrar princípios de justiça e uma cultura de empenho, rigor, esforço e exigência na vida escolar dos nossos filhos e futuros pais, líderes e garantes deste país.
Subscreva esta petição aqui
Nada de alarmante como diz o Sr. Comandante
Pela terceira vez, a Associação Progresso e Desenvolvimento de Marvão (PRODEMA), na freguesia de Covões, foi assaltada. A última no passado fim-de-semana, na madrugada de sábado, onde os larápios, depois de arrombarem a porta principal com um pé-de-cabra e se infiltrarem no interior das instalações, levaram uma máquina de tabaco carregada dois ou três dias antes com maços de cigarros no valor de 1.500 euros e outras máquinas de brindes e snack´s, cujos prejuízos, incluindo o valor das máquinas e os estragos na porta, rondam os 5.000 euros. Prejuízos que poderiam ser maiores, não fora o alarme ter soado e afugentado os ladrões.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Comunicado dos Educadores e Professores do Agrupamento de Escolas de Cantanhede
À Comunidade
Queremos que saibam que se fazemos greve, isso acontece por razões muito fortes, que não se prendem, como vos quer fazer crer o governo, com manipulações políticas e sindicais e muito menos por recusa a sermos avaliados.
Fazê-mo-lo sim, porque acreditamos e defendemos uma escola púbica de qualidade ao serviço de todos.
A principal preocupação deste governo não é criar condições que contribuam para a melhoria da escola pública, mas antes resolver problemas financeiros à custa dos professores. Por isso dividiu a carreira docente entre professores titulares e professores, com um único objectivo: impedir o acesso ao topo da carreira da esmagadora maioria dos professores. Não existe mais nenhum país na Europa que tenha esta divisão. O que fazem os professores titulares é o mesmo que todos os professores sempre fizeram e o que os professores em qualquer parte do mundo fazem: ensinar, ajudando os vossos filhos a crescer, a enriquecerem-se em saberes e competências e a serem felizes.
O êxito que eles alcançam é o nosso êxito. O seu sucesso é o nosso sucesso e a razão de ser do nosso trabalho. Não precisamos de processos de avaliação burocráticos que privilegiam o preenchimento de papéis e mais papéis, que nos roubam tempo e energias necessárias, desviando o nosso trabalho e preocupações daquilo que é realmente importante: o trabalho com e para os nossos alunos dentro e fora da sala de aula.
120 mil professores na rua manifestando-se, mais de 90% fazendo greve: não podem estar todos errados e a ministra certa! A esmagadora maioria dos educadores e professores deste país não pode aceitar passivamente continuar a ser maltratada, humilhada e responsabilizada pelas sucessivas asneiras que ministérios atrás de ministérios fazem e desfazem, reformas nunca avaliadas e que, muitas das vezes, apenas trazem às escolas instabilidade, desorientação, acrescentando problemas aos problemas já existentes.
Governos vão e governos vêm. Todos querem deixar a sua marca no sistema educativo! Mas os professores ficam. São eles que asseguram, apesar de tudo, o funcionamento das escolas e os projectos de animação cultural e pedagógica. São eles que acompanham os alunos, que os apoiam nos seus problemas, que os incentivam a ir mais longe.
Professores e famílias, são os principais interessados em que a escola pública, universal, gratuita e democrática ofereça um ensino de qualidade e promova a integração e o sucesso de todos.
É por isso que hoje lutamos e sempre continuaremos a lutar!
Assim, pedimos a vossa compreensão e o vosso apoio.
Os docentes do Agrupamento de Escolas de Cantanhede
sábado, 17 de janeiro de 2009
Miguel Torga
Aos Poetas
Somos nós
A Jordânia é a Palestina
Um belo dia e copiando os amigos americanos o governo israelita pensou que seria uma táctica astuciosa empurrar os islamitas do Hamas contra a OLP.
Graças à Mossad, "Instituto de Informações e Operações Especiais" de Israel (Serviços Secretos Israelitas), foi permitido ao Hamas reforçar a sua presença nos territórios ocupados. Entretanto, o Movimento Fatah de Libertação Nacional da Palestina de Arafat assim como outros movimentos palestinianos foram sujeitos à mais brutal forma de repressão e intimidação.
Como Israel não cumpriu os acordos de paz, nem soube negociar com a OLP, o Hamas foi crescendo enquanto organização, acabando por vencer as eleições no seu país.
Nesta altura já o Hamas tina passado de amigo a inimigo de Israel e foi preciso mudar de politica.
Então os pensadores israelitas, resolvem apoiar a armar a OLP e fomentar a guerra civil. Daqui resulta a mapa político dos nossos dias, o Hamas governa a Faixa de Gaza e a OLP o restante território.
Israel continua a não respeitar as determinações das Nações Unidas, bem como faz tábua rasa dos acordos de paz, principalmente no que diz respeito aos territórios ocupados.
Entretanto Israel transforma a Faixa de Gaza num campo de concentração, este sim verdadeiro e sujeita os habitantes à fome e à doença, segundo informam as organizações humanitárias a operar no terreno.
Colocado contra a parede o Hamas começa a lançar roquetes sobre Israel, não se registando nos últimos tempos mais que danos materiais. Nos últimos anos foram lançados sobre cerca de 3ooo engenhos de que resultaram 14 vítimas.
Israel responde aos ataques “terroristas” com um autêntico genocídio do povo da Faixa de Gaza a que não escapam mulheres e crianças nem funcionários das nações Unidas.
Para um observador menos atento, pode parecer que todos estes acontecimentos se foram desenrolando ao sabor do acaso ou do facto de violência gerar ainda mais violência.
Mas tal não é verdade porque assistimos agora aos últimos episódios de umaoperação conhecida por "Plano Dagan", de Meir Dagan, que chefia actualmente o Mossad, a organização de serviços secretos de Israel.
O general na reserva Meir Dagan foi conselheiro de segurança nacional de Sharon durante a campanha eleitoral de 2000. Segundo parece, o plano foi formulado antes da eleição de Sharon para primeiro-ministro em Fevereiro de 2001. "Segundo o artigo de Alex Fishman no Yediot Aharonot, o Plano Dagan consistia em destruir a autoridade palestina e em pôr Yaser Arafat 'fora de jogo'."
"Conforme noticiado no Foreign Report e revelado localmente por Maariv, o plano de invasão de Israel - alegadamente baptizado de Vingança Justificada, “seria desencadeado imediatamente a seguir às próximas explosões bombistas suicidas que provoquem elevadas baixas, durará cerca de um mês e provavelmente provocará a morte de centenas de israelitas e de milhares de palestinianos”.
O plano Dagan também previa a chamada "cantonização" dos territórios palestinianos, que a Margem Ocidental e Gaza ficarão completamente separadas uma da outra, com "governos" independentes em cada um dos territórios. Neste cenário, já estudado em 2001, Israel: "negociará em separado com as forças palestinianas dominantes em cada território palestiniano, com as forças responsáveis pela segurança, pelas informações, e até mesmo com o Tanzim (Fatah)". O plano é pois parecido com a ideia da "cantonização" dos territórios palestinos, adiantado por uma série de ministérios".
O Plano Dagan manteve-se em vigor, apesar das mudanças de governo na sequência das eleições de 2000. Meir Dagan foi encarregado de um papel fundamental. "Tornou-se o intermediário de Sharon em questões de segurança junto dos enviados especiais do presidente Bush, Zinni e Mitchell". Subsequentemente foi nomeado director do Mossad pelo primeiro-ministro Ariel Sharon em Agosto de 2002. Manteve-se chefe do Mossad e foi reconfirmado no seu cargo como director dos Serviços Secretos Israelitas pelo primeiro-ministro Ehud Olmert em Junho de 2008.
Meir Dagan, em coordenação com os seus homólogos americanos, tem sido o responsável pelas diversas operações militares e dos serviços secretos, incluindo o assassinato de Yaser Arafat em 2004. Vale a pena assinalar que Meir Dagan, quando era um jovem coronel, trabalhou estreitamente com o Ministro da Defesa Ariel Sharon nos ataques a colonatos palestinos em Beirute em 1982. Os ataques de 2008-2009 em Gaza, em muitos aspectos, têm uma grande semelhança com as operações militares de 1982.
É importante focar uma série de acontecimentos chave que conduziram à matança em Gaza, com a " Plano Dagan ".
1. O assassinato em Novembro de 2004 de Yaser Arafat.
Este assassinato esteve sempre em cima da mesa desde 1996, com a "Operação Campos de Espinhos". Segundo um documento de Outubro de 2000, "preparado pelos serviços de segurança, a pedido do então primeiro-ministro Ehud Barak, afirmava-se que 'Arafat, em pessoa, é uma séria ameaça para a segurança do estado de Israel e o prejuízo que resultar do seu desaparecimento é menor do que o prejuízo causado pela sua existência.
O assassinato de Arafat foi decidido em 2003 pelo ministério israelita. Foi aprovado pelos EU que vetaram uma Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenando a decisão de 2003 do ministério israelita. Em resposta ao crescendo dos ataques palestinianos, em Agosto de 2003, o ministro da Defesa israelita, Shaul Mofaz declarou "guerra total" aos palestinianos sobre quem disse que estavam “marcados para a morte".
Em meados de Setembro, o governo de Israel aprovou uma lei para se ver livre de Arafat, o ministério dos Assuntos de Segurança Política de Israel declarou que era "uma decisão para afastar Arafat, um obstáculo para a paz". Mofaz ameaçou: "iremos escolher o caminho certo e a altura certa para matar Arafat". O ministro palestiniano Saeb Erekat disse à CNN que pensava que Arafat seria o alvo seguinte. A CNN perguntou ao porta-voz de Sharon, Ra'anan Gissan, se o voto significava a expulsão de Arafat. Gissan esclareceu, "Não é nada disso. O ministério resolveu hoje afastar este obstáculo. A altura, o método, a forma como isso acontecerá será decidido em separado, e os serviços de segurança vão acompanhar a situação e fazer as recomendações sobre a acção apropriada).
O assassinato de Arafat fazia parte do Plano Dagan. Com toda a probabilidade, foi efectuado pelos serviços secretos israelitas. Destinava-se a destruir a Autoridade Palestina, fomentar divisões no seio do Fatah e entre o Fatah e o Hamas. Mahmoud Abbas é anticorpo alojado no governo palestiniano. Ele foi colocado como dirigente do Fatah, com a aprovação de Israel e dos EUA, os quais financiam os paramilitares e as forças de segurança da Autoridade Palestina.
2. A retirada em 2005, sob as ordens do primeiro-ministro Ariel Sharon, de todos os colonatos judaicos em Gaza.
"'É minha intenção [Sharon] levar a efeito uma evacuação – perdão, um realojamento – de colonatos que nos estão a causar problemas e de locais que não iremos manter como colonato final, tal como os colonatos de Gaza… Estou a trabalhar na presunção de que no futuro não venha a haver judeus em Gaza'", disse Sharon").
A questão dos colonatos em Gaza foi apresentado como fazendo parte da "via para a paz" de Washington. Festejado pelos palestinianos como uma "vitória", esta medida não foi dirigida contra os colonos judeus. Bem pelo contrário: Fez parte duma operação secreta geral, que consistiu em transformar Gaza num campo de concentração. Enquanto houvesse colonos judeus a viver dentro de Gaza, não era possível concretizar o objectivo de manter um grande território barricado como uma prisão. A implementação da "Operação Chumbo Fundido" exigia que "não houvesse judeus em Gaza".
3. A construção do vergonhoso Muro Apartheid foi decidida logo no início do governo de Sharon.
4. A fase seguinte foi a vitória do Hamas nas eleições de Janeiro de 2006 .
Sem Arafat, os arquitectos dos serviços secretos israelitas sabiam que o Fatah com Mahmoud Abbas iria perder as eleições. Com o Hamas à frente da Autoridade Palestiniana, e com o pretexto de que o Hamas é uma organização terrorista, Israel poderia levar a efeito o processo de cantonização conforme formulado segundo o Plano Dagan.
ATAQUE TERRESTRE
Em 3 de Janeiro, os carros de combate e a infantaria israelita entraram em Gaza numa grande ofensiva terrestre:
"A operação terrestre foi precedida por várias horas de fogo de artilharia pesada após o escurecer, incendiando os alvos com chamas que irromperam no céu da noite. Ouvia-se o matraquear das metralhadoras enquanto as brilhantes esferas relampejavam através da escuridão e o explodir de centenas de bombas projectava riscos de fogo.
Fontes israelitas apontaram para uma operação militar prolongada. "Não vai ser fácil e não vai ser rápido", disse o Ministro da Defesa Ehud Barak num comunicado na TV.
Israel não está a tentar obrigar o Hamas "a cooperar". O que estamos a observar é a implementação do "Plano Dagan" conforme inicialmente formulado em 2001, que requeria: "uma invasão do território controlado pelos palestinianos, por cerca de 30 mil soldados israelitas , com a missão claramente definida de destruir a infra-estrutura da direcção palestiniana e de confiscar o armamento actualmente na posse das diversas forças palestinianas, e de expulsar ou matar os seus dirigentes militares.
A questão mais lata é se Israel, em conivência com Washington, pretende desencadear uma guerra mais alargada.
Poderá ocorrer uma expulsão em massa em qualquer fase posterior da invasão terrestre, se os israelitas vierem a abrir as fronteiras de Gaza para permitir o êxodo da população. A expulsão foi referida por Ariel Sharon como "uma solução ao estilo de 1948". Para Sharon, "é apenas necessário encontrar outro estado para os palestinianos. – 'A Jordânia é a Palestina' – foi a frase que Sharon criou".
Grito e choro por Gaza e por Israel
O que está a acontecer entre Gaza e Israel é um desses momentos. É intolerável, é inaceitável e é execrável a chacina que o governo de Israel e as suas poderosíssimas forças armadas estão a executar em Gaza a pretexto do lançamento de roquetes por parte dos resistentes (“terroristas”) do movimento Hamas.
Importa neste preciso momento refrescar algumas mentes ignorantes ou, muito pior, cínicas e destorcidas:
- Os jovens palestinianos, que são semitas ao mesmo título que os judeus esfaraditas (e não os askenazes que descendem dos kazares, povo do Cáucaso), que desesperados e humilhados actuam e reagem hoje em Gaza são os netos daqueles que fugiram espavoridos, do que é hoje Israel, quando o então movimento “terrorista” Irgoun, liderado pelo seu chefe Menahem Beguin, futuro primeiro ministro e prémio Nobel da Paz, chacinou à arma branca durante uma noite inteira todos os habitantes da aldeia palestiniana de Deir Hiassin: cerca de trezentas pessoas. Esse acto de verdadeiro terror, praticado fria e conscientemente, não pode ser apagado dos Arquivos Históricos da Humanidade (da mesma maneira que não podem ser apagados dos mesmos Arquivos os actos genocidários perpetrados pelos nazis no Gueto de Varsóvia e nos campos de extermínio), horrorizou o próprio Ben Gourion mas foi o acto hediondo que provocou a fuga em massa de dezenas e dezenas de milhares de palestinianos para Gaza e a Cisjordânia possibilitando, entre outros factores, a constituição do Estado de Israel.. Ler mais aqui.
Tomada de posição sobre a Avaliação do Desempenho Docente dos Educadores e Professores do Agrupamento de Escolas de Cantanhede
Reafirmam a sua inteira disponibilidade para virem a ser avaliados no seu desempenho docente por um novo modelo de avaliação negociado e não imposto, que privilegie a dimensão formativa, numa perspectiva contínua e assente no trabalho cooperativo, que relacione de forma dialéctica as responsabilidades individuais de cada docente com as responsabilidades colectivas e organizacionais, tendo em vista uma efectiva melhoria dos seus desempenhos profissionais e a promoção do mérito pela competência científico-pedagógica recusando, contudo, a diferenciação de natureza administrativa artificial e verdadeiramente injusta.
Consideram que:
1. As recentes alterações introduzidas no processo de avaliação do desempenho docente pelo Decreto Regulamentar n.º 1-A/2009 de 5 de Janeiro, tendo em vista a sua simplificação, mantêm intocável o essencial do modelo de avaliação imposto, na sua concepção e princípios, nomeadamente a manutenção das quotas para Muito Bom e Excelente e o seu carácter de seriação e hierarquização dos docentes para efeitos de gestão de carreira profissional, em detrimento de uma perspectiva formativa e de reforço do trabalho cooperativo, verdadeiras chaves para a melhoria das práticas pedagógicas e o desempenho profissional docente.
2. As sucessivas simplificações levadas a cabo pelo ME mais não são do que a assumpção da falência e da irrazoabilidade de um modelo, que desde o início denunciámos, não só como errado nos seus princípios e pressupostos balizadores, como também injusto, impraticável e iníquo, no que aos objectivos de melhoria dos indicadores da educação diz respeito. Saliente-se ainda, que estas simplificações apenas terão efeito no presente ano lectivo, não havendo qualquer garantia da sua remodelação ou substituição.
3. A persistência na imposição deste modelo de avaliação, além de não contribuir para a resolução dos graves problemas com que se debate o sistema educativo, nem tão pouco para a melhoria do desempenho profissional e a qualidade da escola pública, mantém o clima de tensão e instabilidade, que hoje atravessa as escolas e prejudica a tranquilidade imprescindível ao desenvolvimento do trabalho docente e às aprendizagens dos alunos.
Tendo em consideração os argumentos acima expostos os docentes do Agrupamento de Escolas de Cantanhede, abaixo-assinados apelam ao ME para que:
i) Suspenda o actual modelo de avaliação do desempenho docente, condição sine qua non para ultrapassar o clima de tensão e instabilidade que se vive nas escolas e ameaça a tranquilidade dos processos educativos.
ii) Aceite proceder à revisão do actual ECD eliminando os factores que constituem a verdadeira origem dos problemas da avaliação da carreira docente, nomeadamente o regime de quotas e a injustificável e artificial divisão da carreira entre “professores” e “professores titulares” que em mais nenhuma parte do mundo se verifica.
iii) Inverta o sentido autoritário, prepotente e chantagista que lamentavelmente tem vindo a caracterizar as suas posições, aceitando sentar-se à mesa das negociações de forma democrática, construtiva e sem pré-conceitos, para que seja possível, com os educadores, professores e seus representantes associativos e sindicais, e não contra estes, encontrar os melhores caminhos e soluções para a melhoria da qualidade da resposta educativa da escola pública.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Será que nem contar sabem?
Guilherme Silva, vice-presidente da Assembleia da República, defende que a proposta do CDS para a suspensão da avaliação dos professores, votada na famosa sessão parlamentar de dia 5, foi aprovada na primeira votação.
O anúncio da rejeição, feito por Gama, "enferma de lapso", pois não levou em conta os votos divergentes de sete deputados do PS, diz o 'vice' da AR.
A restante oposição concorda.
Nós aconselhamos a frequência de um curso Novas oportunidades.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Nada de alarmes
BASTA DE CRIMINALIDADE
Criminalidade violenta, crimes de baixa densidade (simples) e sinistralidade rodoviária dispararam em 2008 na área geográfica do Destacamento da GNR de Cantanhede, que abarca Ançã, Praia de Mira, Tocha, Mira e Cantanhede. Os dados estatísticos foram ontem fornecidos ao Diário de Coimbra pelo comandante do Destacamento, Tenente Sandro Oliveira, que, mesmo assim, releva os números para uma aparente normalidade, atendendo a várias circunstâncias.
Relativamente à criminalidade, o balanço é positivo, pois este oficial considera que o que fez disparar os números «ligeiramente» para cima foi o pequeno roubo/furto de rua. Nesta vertente, o comandante do Destacamento de Cantanhede recorda que no Verão os postos da GNR receberam inúmeras queixas de furto de cobre, «sobretudo por parte da EDP» e, nos últimos meses de 2008, também houve um “pico” de furto de automóveis, «que fez aumentar as estatísticas».
“Nada de alarmante”
Quanto aos crimes violentos, aqueles que são praticados com armas de fogo e armas brancas, homicídios, roubos a bancos e postos de combustíveis, ofensas graves, etc., tiveram uma variante de (mais) três em relativamente a 2007, o que não é considerado muito significativo nem alarmante. «As áreas territoriais da nossa jurisdição (concelhos de Cantanhede, Mira e uma parte de Coimbra – S. João do Campo, Antuzede, Geria, através do posto de Ançã) não são muito assoladas pela criminalidade e a que ocorre é combatida eficazmente», garante Sandro Oliveira, sublinhando que os militares que comanda estão totalmente empenhados e motivados para transmitir às populações o sentimento de segurança de pessoas e bens. «Há crimes em todo o lado e estes nunca deixarão de ocorrer. No entanto o nosso papel é combater todo o tipo de criminalidade», observa o oficial. “Combate” que, aliás, tem sido eficaz, atendendo ao número de detenções efectuadas no último ano, quer pelas patrulhas, quer pela equipa do Núcleo de Investigação Criminal, que ascenderam a mais de uma centena.
Sabemos, não duvidamos do empenhamento dos militares da Guarda no combate à criminalidade; empenhamento muitas vezes frustrado, quando pouco tempo depois vêm os criminosos serem postos em liberdade. Alarmantes e preocupantes são as declarações do seu comandante, porque tenda desvalorizar o aumento da criminalidade, criando um sentimento de falsa segurança nas populações.
A cassete é sempre a mesma, são casos pontuais. Porreiro pá!
sábado, 10 de janeiro de 2009
Partir Pedra
Usando o nome do blogue permitam que hoje faça algumas divagações sobre o concelho.
Congratulo-me como o facto do Sr. Presidente da Câmara já ter vindo a terreiro, pronunciar-se sobre o estranho encerramento provisório da linha de comboio que nos serve. Mas não pasta uma simples declarações para depois se lavar as mão como Pilatos, é necessário que um movimento cívico nasça, de preferência com a participação e colaboração dos edis das zonas servidas pela linha, para que a pressão se faça sentir nos órgãos competentes. As recentes declarações dos responsáveis da CP, sobre os motivos do encerramento para além de caricatas, mostram claramente o motivo desta empresa dar prejuízo. Sabemos que vem de longe a pretensão de substituir o comboio por autocarros. Mais uma estratégia errada de quem nos governa. O comboio é muito menos poluente e muitos mais barato, basta este argumento para rebater qualquer ideia peregrina. Mas como isto tudo cheira a Republica das bananas, provavelmente vamos mesmo ter que no futuro viajar nos autocarros que os outros já não usam, assim a atirar para o terceiro mundo
Também tem levantado alguma polémica, o terminus da construção da estrada que liga Cantanhede à 109. Apesar de previamente alguns cidadãos terem avisado e mesmo feito seguir para o Governo Civil um alerta, os planeadores de serviço insistirão em cortar a meio as povoações de Barrins de Baixo e Escoural. Lamento que os nossos políticos não tenham a coragem de admitir uma falha e que depois façam declarações que facilmente são rebatidas. Impõe-se a construção de uma passagem subterrânea, em nome do bem-estar das populações ou então que se ministre um curso técnico, assim tipo novas oportunidades de como saltar vedações.
Circula nas conversas de café, ouve-se nalguns círculos de amigos, que o campo de golfe ainda não está ser utilizado, porque alguém se esqueceu que tinham de ser construídas estruturas de apoio.
Num lado faltam as passagens e ninguém se lembrava dos avisos dos habitantes, noutro faltam as estruturas e convenhamos que as declarações sobre a linha de caminho de ferro pecaram por tardias. Depois da gripe será que anda por ai um surto de amnésia politica?
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
As 10 frases mais polémicas de Marinho Pinto
Marinho Pinto foi eleito Bastonário da Ordem dos Advogados exactamente há um ano e, ao longo de 2008, disparou em todas as direcções. Lançou críticas aos políticos, atacou magistrados e lançou suspeitas sobre o funcionamento da Justiça. Recordamos 10 das declarações mais polémicas que o bastonário fez durante o primeiro ano de mandato.
"Há pessoas que ocupam cargos de relevo no Estado português que cometem crimes impunemente"DN, 27 Janeiro 2008
"Um dos locais onde se violam mais os direitos dos cidadãos em Portugal, é nos tribunais" SIC Notícias, 27 Junho 2008
"98% dos polícias à noite estão nas suas casa. É preciso haver polícias na rua à noite fardados"Público, 27 Junho 2008
"Há centenas ou milhares de pessoas presas [em Portugal] por terem sido mal defendidas" Público, 27 Junho 2008
"Vale tudo, seja quem for que lá esteja, desde magistrados a outros juristas, não se pode falar em justiça desportiva, mas em prevalência manifesta de interesses e de poderes"RTP, 08 Julho 2008
"Eu não discuto com sindicatos. Os sindicatos querem é mais dinheiro e menos trabalho"RTP, 10 Julho 2008
"Alguns magistrados pautam-se nos tribunais portugueses como os agentes da PIDE se comportavam nos últimos tempos do Estado Novo" RTP, 10 Julho 2008
"Estão-se a descobrir podres que eram inimagináveis há meia dúzia de meses. E não é por efeito da crise. É por efeito da lógica do próprio sistema. Parece que o sistema financeiro só funciona com um pé do lado de lá da legalidade"JN, 28 Dezembro 2008
"Uma senhora que furtou um pó de arroz num supermecado foi detida e julgada. Furtar ou desviar centenas de milhões de euros de um banco ainda se vai ver se é crime"JN, 28 Dezembro 2008
"Pelos vistos, nenhum banco pode ir à falência"
Público, 30 Dez 2008
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A incompetencia administrativa da CP
Encerramento da linha Cantanhede Figueira da Foz
Lembro que em tempos houve uma comissão dos utentes da linha Coimbra Cantanhede Figueira da Foz que não contou com o apoio de nenhuma entidade concelhia. Fez um abaixo-assinado, fez distribuição de folhetos e prestou esclarecimentos aos utentes da linha.Foi até notícia na RTP1 e com direito a entrevista. Mas foi uma experiência rica. Por um lado ficamos a saber que os políticos do poder não mostraram qualquer interesse, e (que falta de civismo) os próprios utentes não se predispuseram à luta quando estavam em causa os seus interesses de vida, de trabalho, de estudo, etc, etc. E assim foi morrendo a tal comissão de utentes onde eu era o Presidente. Penso que seria boa altura para começar nova luta. Ficamos à espera que as pessoas se mobilizem...
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Independente de Cantanhede
Já muitas vezes o escrevi e manifestei em público, que a imprensa regional ainda não embarcou na censura por omissão ou no politicamente correcto.
Alguns jornais regionais têm mesmo a coragem de publicar artigos das mais diversas tendências politicas, isto é fazer jornalismo sério e independente.
O Jornal Independente de Cantanhede, enquadra-se a meu ver neste grupo de jornais. Abriu desde o primeiro momento as portas ao que escrevo e na sua ultima edição fez o favor de publicar um artigo que escrevi, que neste particular poderia ter sido da autoria de qualquer cidadão. No entanto outros artigos corajosamente publicados por este órgão de informação, reflectem bem a minha tendência politica o que mais uma vez faz jus ao nome do jornal.
Os meus sinceros agradecimentos pela confiança manifestada na minha pessoa e os votos de que continuem a fazer jornalismo.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Autarca receia encerramento definitivo da linha Coimbra-Figueira da Foz
Carlos Encarnação receia o encerramento da linha entre Coimbra e a Figueira da Foz
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra teme que a decisão da REFER de suspender a circulação entre a Figueira da Foz e Coimbra devido a razões de segurança seja o prenúncio do encerramento da linha.
Ouvido pela TSF, Carlos Encarnação lembrou que a secretária de Estado dos Transportes prometeu que o sistema de mobilidade do Mondego incluiria também esta ligação, que agora está fechada por tempo indeterminado.
«O que se perspectivava era um aumento da qualidade e frequência das ligações inter-regionais e intra-regionais e não propriamente o fim de uma linha», acrescentou um autarca, que diz que um eventual encerramento desta linha será mau para a região.
Contudo, Carlos Encarnação duvida que depois desta iniciativa ou declaração que estejam «criadas as condições para uma solução que não agrave Coimbra e a Figueira da Foz».
Entretanto, em comunicado, a REFER explicou que a interrupção de tráfego será apenas num troço via Cantanhede onde passam apenas três composições por dia.
Quanto à ligação entre Coimbra e a Figueira da Foz, ela continua a ser assegurada por uma outra linha onde circulam diariamente cerca de 23 composições.
Desde domingo, estão a ser utilizados por parte da CP autocarros para fazer a ligação entre Coimbra e a Figueira da Foz.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Junta de Freguesia da Tocha
Habitantes da aldeia contam com o apoio da autarquia na reivindicação de um túnel na Via Regional
Os moradores da localidade de Escoural, que se uniram contra a interrupção da estrada local que atravessa a aldeia provocada pela construção da Via Regional n.oº 335-1 que liga Cantanhede à Tocha, reuniram, sexta-feira passada à noite, com o executivo da Junta de Freguesia da Tocha. O objectivo era sensibilizar os autarcas para os transtornos que a população vai ter com o "corte" da principal estrada da aldeia que, segundo uma comissão de moradores constituída, obriga a população a fazer desvios de cerca de dois quilómetros para se deslocarem à sede da freguesia, entre outros inconvenientes (ler Diário de Coimbra de 31 de Dezembro).
Na referida reunião, onde estiveram cerca de 40 habitantes da aldeia de Escoural, o executivo da Junta de Freguesia, liderado pelo democrata-cristão Júlio Oliveira, mostrou-se do lado dos moradores e apoia-os na sua reivindicação, ou seja, que o projecto da Via Regional contemple, naquele local, um túnel com dois metros e meio de largura e três metros de altura, ou em alternativa, uns separadores no meio da nova via com Stop’s, por forma a que a localidade não fique dividida em duas, conforme disse ao nosso Jornal um dos elementos da comissão de moradores, responsável por um abaixo-assinado que reuniu mais de 160 assinaturas.
Há, no entanto, um senão, que a referida comissão tem de ter em conta. Mesmo com o apoio da Junta de Freguesia, que «afirma estar do nosso lado», a aceitação da reivindicação dos moradores não está dependente de Júlio Oliveira ou do seu executivo, pelo que este autarca só pôde prometer os moradores do Escoural que vai transmitir ao executivo da Câmara de Cantanhede no pressuposto de que, efectivamente, «a estrada da aldeia não pode ser interrompida».
Nesta perspectiva, confirma ao nosso Jornal o mesmo elemento da comissão, «foi-nos prometido que os técnicos camarários irão analisar a situação» e a decisão final quanto ao que fazer naquele troço da Via Regional caberá à Câmara Municipal, dona da obra.
«As coisas estão bem encaminhadas», salienta este morador, que obteve de Júlio Oliveira a promessa de uma resposta durante a semana que hoje começa.
Reunião hoje na Câmara
A verdade é que este autarca disse ao Diário de Coimbra que olha para a sua freguesia «como um todo» e não para este problema em particular, pelo que não quer afirmar que está ao lado e a apoiar esta comissão de moradores, mas sim a «compreender» as suas reivindicações. Júlio Oliveira, aliás, reconhece que a Via Regional «divide a aldeia». Por isso afirma que o problema não será resolvido «só se não for tecnicamente possível». Hoje mesmo, segunda-feira, o autarca da freguesia vai reunir com João Pais de Moura e os serviços técnicos camarários para tentar obter uma resposta que possa satisfazer as populações da aldeia.
Conforme o Diário de Coimbra noticiou no último dia do ano passado, o presidente da Câmara está sensível ao problema suscitado pelos moradores do Escoural através do abaixo-assinado, e revelou ao nosso Jornal que as questões apresentadas pela comissão «estão a merecer da minha parte a melhor atenção». João Moura disse ter o dossier em mãos e garantiu estar a estudá-lo detalhadamente, sendo certo – avançou - «que iremos apresentar uma solução técnica e financeiramente viável para serem ultrapassados os eventuais constrangimentos que, segundo os promotores do abaixo-assinado, estarão a afectar alguns moradores».
FONTE
sábado, 3 de janeiro de 2009
Definitivos e provisórios
Os mais velhos certamente se lembrarão de duas marcas de cigarros que salvo melhor opinião já não estão no mercado. Hoje não vos vou falar de fumaças, até porque nenhum colunável foi apanhado a fumar num avião ou num casino. Lembrei-me das marcas de cigarros, quando li esta noticia, porque temo que o tempo incerto de provisório se torne definitivo.
Todos sabemos sobretudo os que todos os dias os usam, que o concelho de Cantanhede é muito mal servido em termos de transportes públicos. às viaturas a pedir reforma, acrescentamos os comboios a passo de caracol e o facto de a partir das 20 horas sair de Cantanhede só em viatura própria.
Sabemos quantas vezes, os responsáveis pela CP sempre apoiados pelo governo em exercício têm sonhado fechar esta linha. As poucas circulações existentes são a prova do que aqui escrevemos. Agora a coberto de uma reivindicação de todos os que são servidos pela linha, tememos que um governo que fez da sua bandeira fechar a torto e a direito, dê o golpe de misericórdia no ramal.
Sabemos que na devida altura, um grupo de cidadãos criou uma associação de Defesa da Linha, é tempo de fazer uma reunião e exigir da tutela certezas e não respostas vagas, que só servem para nos fazer pensar que neste caso como noutros é preciso ler nas entrelinhas, porque muito se faz pela calada.