segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Manifestação dia 15 de Novembro


Em comunicado hoje divulgado, a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE) diz que a manifestação, que será também organizada pelo Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP), ganhou uma "legitimidade acrescida" depois da ministra da Educação ter reagido à manifestação de sábado [organizada pelos sindicatos e que, segundo os organizadores, juntou cerca de 120 mil docentes] como se fosse um pormenor irrelevante".

"A manifestação do dia 15 de Novembro, iniciativa que surgiu no seio dos professores (...) ganhou hoje uma legitimidade acrescida. Quando a Ministra da Educação reage ao enorme protesto que os professores fizeram hoje desfilar nas ruas de Lisboa como se 120 mil docentes em luta fosse um pormenor irrelevante, mostra que a nossa contestação não pode parar a 8 de Novembro", refere o comunicado, escrito sábado mas divulgado hoje.

Estas duas estruturas referem também que os movimentos independentes de professores "têm razão quando exigem da Plataforma Sindical a denúncia do memorando de entendimento que assinaram com o Ministério da Educação", "esse documento que a ministra continua a esgrimir para condicionar os sindicatos e a própria luta dos professores".

APEDE e MUP defendem uma "ruptura clara" com o acordo, considerando este outro "motivo fortíssimo para os professores regressarem às ruas de Lisboa no próximo Sábado".

Na opinião das duas estruturas, "o combate dos professores, no momento político que hoje se vive em Portugal, já não é apenas uma luta centrada nos alvos já conhecidos (...) é hoje também uma luta contra o autoritarismo que se apropriou das formas de governação, ao reduzir os cidadãos a executores passivos de políticas que eles mesmos não aceitam".

4 comentários:

Manel disse...

Decisão do governo regional da Madeira
Jardim avalia professores com “bom” por portaria
11.11.2008 - 18h56 Tolentino de Nóbrega
O governo regional da Madeira decidiu administrativamente, por portaria, avaliar com “bom” os professores em exercício no arquipélago.

“Para todos os efeitos de avaliação do desempenho dos docentes contratados, de transição ao 6º escalão e progressão na carreira dos docentes do quadro, o tempo de serviço prestado nos anos escolares 2007/08 e 2008/09, considera-se classificado com a menção qualitativa de Bom”, determina o artigo 1º da portaria 165-A/2008, publicada a 7 de Outubro na II Série do Jornal Oficial da região. O segundo e último artigo adianta que “o presente diploma entra imediatamente em vigor”.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1349667&idCanal=58

Manel disse...

No filme http://www.youtube.com/watch?v=smU1s63XK6k&eurl=http://jumento.blogspot.com/
, um professor mostra-se indignado por alguém ousar responsabilizá-lo pela falta de sucesso escolar dos seus alunos – o que obviamente é uma injustiça e de uma violência inadmissível.

Onde já se viu alguém responsabilizar um profissional pelo resultado do seu trabalho?
Claro que o Jardim já resolveu o problema na Madeira.

Manel disse...

http://www.youtube.com/watch?v=smU1s63XK6k

http://www.youtube.com/watch?v=wuRio6SuXTg&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=a5Sv1kh0sSQ&feature=related

Amigo José Vieira,
Pelas respostas que vejo nestes 3 vídeos, que podes encontrar no youtube, fiquei esclarecido acerca da manifestação dos professores e o beco sem saída a que são conduzidos pelos sindicalistas.
Como cidadão, lamento.
Os muros que as estas pessoas colocaram e deixaram colocar à sua volta são, em alguns casos, difíceis de derrubar.
Respostas como estas que vemos nos vídeos, são pobres, mesmo pobres, de quem nem sabe o que não quer, porque não espreita para fora do muro.
Lamento!
Desconheço por completo o procedimento da avaliação que não querem, mas como cidadão não as queria para professoras da minha neta, pois a realidade fora dos muros da escola é bem diferente.
Os muros para serem bem derrubados terão que ser partidos dos dois lados.
Um abraço amigo
Manel

José Vieira disse...

A melhoria dos resultados dos alunos, bem como o abandono escolar, são realidades que não dependem exclusivamente da acção dos professores e das escolas. Os contextos socioeconómicos e culturais, a acção da família e as atitudes dos alunos são componentes essenciais para o sucesso das aprendizagens e a valorização da escola. Sobre este propósito, ganha todo o sentido e pertinência a Recomendação nº 2 do Conselho Científico da Avaliação dos Professores, que, nesta matéria, inteiramente se subscreve. Mais ainda, é absolutamente incontestável que os alunos não são sujeitos passivos no acto educativo, sendo co-responsáveis pelo seu sucesso. Ignorando este princípio, o modelo de avaliação dos docentes só poderá ter dois efeitos indesejados: a desresponsabilização dos alunos e o facilitismo na avaliação.