1º de Maio. De memória sangrenta, comemora em primeiro lugar o dia 1 de Maio de 1886, quando se realizou uma manifestação sindical de centenas de milhares de trabalhadores nas ruas de Chicago, reivindicando a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, o que deu início uma greve geral nos EUA. O dia 3 de Maio terminou com a morte de um dos manifestantes em confrontos com a polícia. A 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos (que, veio a apurar-se depois, pertenciam à própria polícia) para o meio dos polícias que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas, o que é hoje conhecido como a Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, a segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu escolher essa data para convocar uma manifestação anual com o objectivo de continuar a lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França foi dispersada pela polícia, o que resultou na morte de dez manifestantes e serviu para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores. Alguns meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais. A 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adopta o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.
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