quinta-feira, 17 de abril de 2008

Qual crise?

Desde que me recordo a palavra crise sempre assolou a minha existência, principalmente a crise do país, ao nível da saúde, educação, justiça, finanças (públicas e privadas), etc. Para não variar, hoje vivemos em crise... Há falta de emprego, a saúde é um caos, os processos ganham pó nos tribunais, a educação é para rir, o petróleo sobe, as taxas de juro também, etc, etc.O que muita gente esquece é que a crise de que se fala acompanha a melhoria da qualidade de vida dos portugueses e, sobretudo, das suas exigências ao nível do consumo e d0 bem estar. Não estarei muito enganado se relembrar que em meados da década de oitenta poucos casais jovens tinham casa própria e duas viaturas (uma para conjuge). Vinte anos depois (ou até menos...) essa realidade é diferente, os jovens adquirem casa, têm dois (ou mais veículos), não se limitam a ter despesas de água, luz e gás, mas também de telemóvel (que os filhos com mais tenra idade também possuem), tv cabo, internet, etc. Obviamente que me parece que a crise tão propalada por aí, é, em muitos casos, para não dizer a maioria, uma crise de consumo e de mau planeamento.Sinceramente, o que eu acho é que os salários miseros que temos não chegam para as necessidades que nos são proporcionadas e que estas são infinitamente superiores às necessidades básicas. É no discernimento das prioridades que estará, na minha opinião, o saneamento financeiro das familias, porque a saúde por muitos hospitais e médicos que existam vai funcionar mal, os tribunais vão entupir cada vez mais, a educação (com ou sem acordos ortográficos) vai piorar e as finanças públicas estão cada vez mais próximas do colapso.

1 comentário:

Carlos Rebola disse...

Já estamos na avançada fase da "crise da crise"...
A crise está mesmo em crise, no entanto a vida está melhor... é urgente tirar a crise da crise em que se encontra…
Mudar de paradigma, nunca, que se "lixe", os loucos que procurem “O Paradigma Perdido de Edgar Morin”.
Um abraço
Carlos Rebola