quarta-feira, 11 de junho de 2008

A armar barraca


O que vou escrever vai-me de certo arranjar mais uns anticorpos no sistema. Pouco me importa se me odeiam ou me ámen quando todos me respeitam.
Nos tempos que correm eu não vou em futebois, a industria que não o jogo está cheia de maus exemplos de apitos e douradas o que me faz afastar e não recomendar o espectáculo. Por outro lado não me identifico com o misto de jogadores portugueses, africanos e brasileiros a que o sistema chama de selecção.
Não gosto de mercenários, abomina pessoas que a troco da fama e do dinheiro estão dispostas a trocar de bandeira, para já não falar da falta de verdade desportiva, mas parece que a palavra verdade ou falar verdade num tempo de mentira universal é um acto revolucionário.
Já saltam da cadeira os defensores da globalização cultural e é bom que o façam eu sou contra todas as globalizações; e como a globalização cultural se alimenta da económica e vice-versa, só quem vê a totalidade esta de facto combatendo a globalização. Também já afiam espadas os anti racistas do costume, mas para não ficarem sem resposta a imagem diz tudo; Eusébio foi o melhor jogador português de sempre.
Escritas as primeiras letras vamos ao que hoje me trás por cá.
No centro de Cantanhede e para ajudar ao circo do europeu ergue-se uma barraca que não sei a quem pertence mas sei quem a autorizou. Mais uma argola nas muitas que se vão cometendo por cá. Alguns estabelecimentos do burgo preparam-se para ganhar, alguma coisa com o europeu, mas viram o projecto ir por agua abaixo devido à concorrência da barraquinha. O comércio tradicional, que tantos dizem defender mas muito poucos o fazem, foi mais uma vez esquecido e de uma forma ou de outra, estão a dar mais uma ajuda às grandes empresas e às grandes superfícies. O barulho tantas vezes trazido à baila quando se trata de bares abertos e abrir na zona também desta vez parece não ter pesado na decisão de quem autorizou. Já agora está tudo legal? O bar instalado no interior cumpre as normas em vigor, os impostos, direitos de autor e transmissão estão acautelados?
Eu já não vou em futebois mas, já não ia em laranjadas e rosas choque mas parece que é tempo de sair á rua e gritar.

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