Esta é uma imagem nostálgica dos meus tempos de estudo em Cantanhede (Escola Industrial) e em Coimbra (Escola Avelar Brotero). Recordo uma estação cheia de vida, pelas sete da manhã era a azáfama dos fornos da cal em frente, onde na linha de lá se carregavam os vagões com o alvo produto. No armazém de mercadorias também era grande a actividade, descarregar os sacos de adubo, sulfato e rações e embarcar as manufacturas da vila, todos os dias haviam "radiadores sobral" a expedir (retenho essa imagem) e as pessoas que embarcavam e desembarcavam e eram muitas em dia de feira muitas mais. Vou recordar aqui um episódio a que achei graça.
No apeadeiro do Casal, onde chegava de bicicleta para a automotora das sete, frequentemente encontrava sentado no abrigo do apeadeiro, um senhor de idade avançada e suponho bem entrado no álcool, que por vezes entrava na automotora e ia até Cantanhede onde apanhava aquela outra que ali cruzava e ia para a Figueira, chamavam-lhe o "Menistro". não faço ideia porquê. Um dia o "Menistro" ainda sob o efeito etílico do dia anterior, chegou a Cantanhede e como de costume mudou de automotora para regressar ao Casal, achando a demora muita e já perto da Pampilhosa perguntou ao revisor "então nunca mais chegamos ao Casal?" "estamos a chegar à Pampilhosa" respondeu o revisor, "não pode ser atão eu mudei de comboio em Cantanhede"...risada geral... O que realmente aconteceu foi que o Sr. "Menistro" só mudou de porta, na estação de Cantanhede saiu na porta da frente e entro na de traz da mesma carruagem e pensou que tinha mudado de comboio. Esta estação tem esta e outras muitas histórias.
Hoje isto já não acontece as ervas estão a substituir os comboios ao ritmo das estações do ano.
Não podemos chorar sobre o leite derramado. Vamos tentar reverter a situação. Organizemos um grupo de cidadãos, façamos uma petição que obrigue a que o assunto se debata na Assembleia da Republica.
Para não esquecer!
2 comentários:
Esta é uma imagem nostálgica dos meus tempos de estudo em Cantanhede (Escola Industrial) e em Coimbra (Escola Avelar Brotero). Recordo uma estação cheia de vida, pelas sete da manhã era a azáfama dos fornos da cal em frente, onde na linha de lá se carregavam os vagões com o alvo produto. No armazém de mercadorias também era grande a actividade, descarregar os sacos de adubo, sulfato e rações e embarcar as manufacturas da vila, todos os dias haviam "radiadores sobral" a expedir (retenho essa imagem) e as pessoas que embarcavam e desembarcavam e eram muitas em dia de feira muitas mais.
Vou recordar aqui um episódio a que achei graça.
No apeadeiro do Casal, onde chegava de bicicleta para a automotora das sete, frequentemente encontrava sentado no abrigo do apeadeiro, um senhor de idade avançada e suponho bem entrado no álcool, que por vezes entrava na automotora e ia até Cantanhede onde apanhava aquela outra que ali cruzava e ia para a Figueira, chamavam-lhe o "Menistro". não faço ideia porquê.
Um dia o "Menistro" ainda sob o efeito etílico do dia anterior, chegou a Cantanhede e como de costume mudou de automotora para regressar ao Casal, achando a demora muita e já perto da Pampilhosa perguntou ao revisor "então nunca mais chegamos ao Casal?" "estamos a chegar à Pampilhosa" respondeu o revisor, "não pode ser atão eu mudei de comboio em Cantanhede"...risada geral...
O que realmente aconteceu foi que o Sr. "Menistro" só mudou de porta, na estação de Cantanhede saiu na porta da frente e entro na de traz da mesma carruagem e pensou que tinha mudado de comboio. Esta estação tem esta e outras muitas histórias.
Hoje isto já não acontece as ervas estão a substituir os comboios ao ritmo das estações do ano.
Abraço
Carlos Rebola
Não podemos chorar sobre o leite derramado. Vamos tentar reverter a situação. Organizemos um grupo de cidadãos, façamos uma petição que obrigue a que o assunto se debata na Assembleia da Republica.
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