Já está a decorrer a segunda edição do concurso. Os candidatos têm de entregar as obras (inéditas) até ao próximo dia 15 de AbrilNo próximo dia 15 de Abril, termina o prazo de entrega de obras concorrentes à segunda edição do Prémio Literário Carlos de Oliveira, iniciativa que tem como objectivo estimular a criação literária numa homenagem a uma das grandes referências literárias portuguesas da segunda metade do século XX. Instituído pelo município de Cantanhede e pela Fundação Carlos de Oliveira, o prémio consiste numa verba de 5.000 euros e na edição da obra vencedora.O concurso literário é aberto à participação de autores dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), que podem concorrer apenas com uma obra, inédita e não editada, em prosa narrativa (conto ou romance). Os originais, num mínimo de 120 páginas em formato A4, terão de ser remetidos, até ao próximo dia 15 de Abril, para o Museu da Pedra de Cantanhede, Largo Cândido dos Reis, n.o 4, 3060-174 Cantanhede.De acordo com o regulamento, é obrigatório que cada obra concorrente esteja assinada sob pseudónimo, bem como a entrega num sobrescrito de cinco exemplares devidamente encadernados que deverá conter ainda um outro envelope fechado e lacrado, dentro do qual deve estar a identificação e a morada do autor, mas no exterior apenas o pseudónimo correspondente.O júri do Prémio Literário Carlos de Oliveira será constituído por cinco elementos, designadamente o presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, ou alguém por si indicado, um representante da Fundação Carlos de Oliveira, um representante da Universidade de Coimbra, um representante da Associação Portuguesa de Escritores e uma personalidade do meio literário português especialmente convidada para o efeito.O vencedor e as menções honrosas que eventualmente venham a ser atribuídas serão dados a conhecer durante a primeira quinzena de Julho de 2009 e a entrega do prémio está agendada para o dia 25 desse mês, no decurso de uma cerimónia pública.Jornalista foi 1.º vencedorConforme estabelece o regulamento, o prémio não poderá ser atribuído ex-aequo, embora, em casos excepcionais, possam ser concedidas até duas menções honrosas, estas sem valor pecuniário. Por outro lado, no caso de manifesta falta de qualidade dos originais que vierem a ser submetidos a concurso, o júri pode decidir não distinguir nenhum deles. Recorde-se que na primeira edição do concurso, a obra vencedora foi “Quase Tudo Nada”, do escritor Arsénio Mota, jornalista, cronista, poeta, ensaísta, tradutor e editor de livros com vasta colaboração dispersa por jornais e revistas, além da actividade profissional que manteve durante muitos anos como redactor do Jornal de Notícias. Foram ainda distinguidos com menções honrosas “Parede de Adobo”, de João Carlos Costa da Cruz, residente em Febres, e “Visões do Azul”, de Emília Ferreira, com morada na Caparica. Iniciativa é coordenada pela Fundação Carlos de OliveiraA Fundação Carlos de Oliveira é a entidade que assegura a coordenação da segunda edição do prémio literário. Constituída em Setembro de 2008, pela autarquia de Cantanhede e por Ângela de Oliveira, viúva do autor de “Uma Abelha na Chuva” e “Finisterra”, aquela instituição tem como objectivo central promover o desenvolvimento e a dinamização do estudo da obra de Carlos de Oliveira e do seu lugar na literatura portuguesa e ficará sedeada na casa onde o escritor viveu durante vários anos, em Febres. O edifício foi adquirido pela Câmara para esse efeito e será alvo de um processo de reabilitação e ampliação projectado pelo arquitecto Francesco Marconi. Com a intervenção de fundo a realizar no imóvel, será criado um equipamento vocacionado para o desenvolvimento de actividades culturais, pedagógicas e de investigação literária, tendo como referência a vida e obra do escritor, mas que contemplará outras vertentes, entre as quais o estímulo à criação literária, nomeadamente através do Prémio Literário Carlos de Oliveira e de outras acções com enquadramento nos estatutos. Além do edifício, o património da fundação integra o espólio do escritor, constituído por livros e manuscritos, os direitos de autor e outros bens cedidos pela viúva.
Fonte: Diário de Coimbra
Escrito por José Carlos Silva
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