sábado, 28 de fevereiro de 2009

Pré­mio Lite­rá­rio Car­los Oli­vei­ra


Já está a decor­rer a segun­da edi­ção do con­cur­so. Os candidatos têm de entre­gar as obras (iné­di­tas) até ao pró­xi­mo dia 15 de AbrilNo pró­xi­mo dia 15 de Abril, ter­mi­na o pra­zo de entre­ga de obras con­cor­ren­tes à segun­da edi­ção do Pré­mio Lite­rá­rio Car­los de Oli­vei­ra, ini­ci­a­ti­va que tem como objec­ti­vo esti­mu­lar a cri­a­ção lite­rá­ria numa home­na­gem a uma das gran­des refe­rên­cias lite­rá­ri­as por­tu­gue­sas da segun­da meta­de do sécu­lo XX. Ins­ti­tu­í­do pelo muni­cí­pio de Can­ta­nhe­de e pela Fun­da­ção Car­los de Oli­vei­ra, o pré­mio consiste nu­ma ver­ba de 5.000 euros e na edi­­ção da obra ven­ce­do­ra.O con­cur­so lite­rá­rio é aber­to à par­ti­ci­pa­ção de auto­res dos Paí­ses de Lín­gua Ofi­ci­al Por­tu­gue­sa (PALOP), que podem con­cor­rer ape­nas com uma obra, iné­di­ta e não edi­ta­da, em pro­sa nar­ra­ti­va (con­to ou roman­ce). Os ori­gi­nais, num míni­mo de 120 pági­nas em for­ma­to A4, terão de ser reme­ti­dos, até ao pró­xi­mo dia 15 de Abril, para o Museu da Pedra de Can­ta­nhe­de, Lar­go Cân­di­do dos Reis, n.o 4, 3060-174 Can­ta­nhe­de.De acor­do com o regu­la­men­to, é obri­ga­tó­rio que cada obra con­cor­ren­te este­ja assi­na­da sob pseu­dó­ni­mo, bem como a entre­ga num sobres­cri­to de cin­co exem­pla­res devi­da­men­te enca­der­na­dos que deve­rá con­ter ain­da um outro enve­lo­pe fecha­do e lacra­do, den­tro do qual deve estar a iden­ti­fi­ca­ção e a mora­da do autor, mas no exte­ri­or ape­nas o pseu­dó­ni­mo cor­res­pon­den­te.O júri do Pré­mio Lite­rá­rio Car­los de Oli­vei­ra será cons­ti­tu­í­do por cin­co ele­men­tos, desig­na­da­men­te o pre­si­den­te da Câ­ma­ra Muni­ci­pal de Can­ta­nhe­de, ou alguém por si indi­ca­do, um repre­sen­tan­te da Fun­da­ção Car­los de Oli­vei­ra, um re­pre­sen­tan­te da Uni­ver­si­da­de de Coim­bra, um repre­sen­tan­te da Asso­cia­ção Por­tu­gue­sa de Escri­to­res e uma per­so­na­li­da­de do meio lite­rá­rio por­tu­guês espe­ci­al­men­te con­vi­da­da para o efei­to.O ven­ce­dor e as men­ções hon­ro­sas que even­tual­men­te venham a ser atri­bu­í­das serão dados a conhe­cer duran­te a pri­mei­ra quin­ze­na de Julho de 2009 e a entre­ga do pré­mio está agen­da­da para o dia 25 des­se mês, no decur­so de uma ceri­mó­nia públi­ca.Jor­na­lis­ta foi 1.º ven­ce­dorCon­for­me esta­be­le­ce o regu­la­men­to, o pré­mio não pode­rá ser atri­bu­í­do ex-aequo, embo­ra, em casos excep­cio­nais, pos­sam ser con­ce­di­das até duas men­ções hon­ro­sas, estas sem valor pecu­ni­á­rio. Por outro lado, no caso de mani­fes­ta fal­ta de qua­li­da­de dos ori­gi­nais que vie­rem a ser sub­me­ti­dos a con­cur­so, o júri pode deci­dir não dis­tin­guir nenhum deles. Recor­de-se que na pri­mei­ra edi­ção do con­cur­so, a obra ven­ce­do­ra foi “Qua­se Tudo Nada”, do escri­tor Arsé­nio Mota, jor­na­lis­ta, cro­nis­ta, poe­ta, ensa­ís­ta, tra­du­tor e edi­tor de livros com vas­ta cola­bo­ra­ção dis­per­sa por jor­nais e revis­tas, além da acti­vi­da­de pro­fis­si­o­nal que man­te­ve duran­te mui­tos anos como redac­tor do Jor­nal de Notí­cias. Foram ain­da dis­tin­gui­dos com men­ções hon­ro­sas “Pare­de de Ado­bo”, de João Car­los Cos­ta da Cruz, resi­den­te em Febres, e “Visões do Azul”, de Emí­lia Fer­rei­ra, com mora­da na Capa­ri­ca. Ini­ci­a­ti­va é coor­de­na­da pela Fun­da­ção Car­los de Oli­vei­raA Fun­da­ção Car­los de Oli­vei­ra é a enti­da­de que asse­gu­ra a coor­de­na­ção da segun­da edi­ção do pré­mio lite­rá­rio. Cons­ti­tu­í­da em Setem­bro de 2008, pela autar­quia de Can­ta­nhe­de e por Ânge­la de Oli­vei­ra, viú­va do autor de “Uma Abe­lha na Chu­va” e “Finis­ter­ra”, aque­la ins­ti­tu­i­ção tem como objec­ti­vo cen­tral pro­mo­ver o desen­vol­vi­men­to e a dina­mi­za­ção do estu­do da obra de Car­los de Oli­vei­ra e do seu lugar na lite­ra­tu­ra por­tu­gue­sa e fica­rá sede­a­da na casa onde o escri­tor viveu duran­te vários anos, em Febres. O edi­fí­cio foi adqui­ri­do pela Câma­ra para esse efei­to e será alvo de um pro­ces­so de rea­bi­li­ta­ção e ampli­a­ção pro­jec­ta­do pelo arqui­tec­to Fran­ces­co Mar­co­ni. Com a inter­ven­ção de fun­do a rea­li­zar no imó­vel, será cri­a­do um equi­pa­men­to voca­cio­na­do para o desen­vol­vi­men­to de acti­vi­da­des cul­tu­ra­is, peda­gó­gi­cas e de inves­ti­ga­ção lite­rá­ria, ten­do como refe­rên­cia a vida e obra do escri­tor, mas que con­tem­pla­rá outras ver­ten­tes, entre as qua­is o estí­mu­lo à cri­a­ção lite­rá­ria, nome­a­da­men­te atra­vés do Pré­mio Lite­rá­rio Car­los de Oli­vei­ra e de outras acções com enqua­dra­men­to nos esta­tu­tos. Além do edi­fí­cio, o patri­mó­nio da fun­da­ção inte­gra o espó­lio do escri­tor, cons­ti­tu­í­do por livros e manus­cri­tos, os direi­tos de autor e outros bens cedi­dos pela viú­va.


Escrito por José Car­los Sil­va

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