PSD ganhou em 11 dos 17 concelhos, afirmando-se como o partido vencedor das europeias
Apurados os resultados nas 31 freguesias, também Coimbra seguiu a tendência nacional de penalizar o PS, dando preferência ao PSD. Em comparação com os resultados de 2004 no concelho, o PS desce de 48,93% para 26,84%. O PSD, que este ano concorreu sozinho, conquistou 28,22%, contra os 27,86% de 2004, mas, sublinhe-se, então numa coligação com o CDS-PP. Ou seja, considerando que o CDS-PP conseguiu nestas eleições 6,87%, se se tivesse repetido a coligação, e numa análise puramente matemática, o PS ficaria quase 10% de distância do partido vencedor. De destacar também a alteração no “ranking”: o BE passa de quarta força para terceira (de 7,12 para 14,76%), trocando com o PCP, apesar de este também ter subido (de 8,67% em 2004 para 11,1% em 2009). Ou seja, houve redistribuição de votos do PS - que tinha alcançado 24.359 em 2004 e agora apenas 13.689 - pelos outros partidos políticos, com tendência clara para o PSD e para o BE, que em 2004 garantiu 3.547 votos e este ano alcançou 7.529.Em quatro freguesias houve mudança de liderança do PS para o PSD: Santa Cruz, S. Bartolomeu, Santa Clara e Santo António dos Olivais (só nesta última o PS perdeu 2.908 votos). Destaque ainda para os votos em branco, que este ano chegaram aos 2.916, contra os 1.498 de 2004. Também ao nível distrital, o PS foi o grande derrotado das eleições de ontem no distrito de Coimbra, perdendo 25.854 votos a favor do PSD e apenas conseguindo manter a supremacia em seis concelhos, a sa-ber: Montemor (32.46 contra 28.22% do PSD), Condeixa (31.62 contra 25,21 do PSD), Miranda do Corvo (33,73 contra 31.03 do PSD), Góis (37,08 contra 36,37 do PSD – o que representa, em termos de votos reais, uma diferença de 12 votos), Soure (37,5 contra 24,69 do PSD) e Lousã (32,38 contra 28,09 para o PSD).Relativamente a 2004, a ascensão social-democrata é notória, uma vez que de uma vitória limitada a quatro concelhos (Cantanhede, Mira, Penela e Pampilhosa da Serra), o PSD se guindou agora a um patamar vitorioso, que contabiliza uma posição ganhadora em 11 dos 17 concelhos do Círculo Eleitoral de Coimbra. Para além disso, mesmo a fasquia vitoriosa dos socialistas desceu significativamente, uma vez que de situações em que a vitória ia além dos 50 por cento, os resultados apresentaram-se agora bem mais modestos, não ultrapassando os 37,5 por cento obtidos em Soure, que representam claramente o melhor score obtido pelos socialistas no distrito.Em 2004, no Círculo Eleitoral de Coimbra votaram 137.485 eleitores dos 376.238 inscritos, o que representa uma abstenção de 63,46 por centro. Ontem, os cadernos eleitorais indicavam 398.989 inscritos e regis-taram-se 143.522 votantes, o que representa uma taxa de abstenção de 64,12 por cento, ou seja, ligeiramente superior à verificada há cinco anos.O PSD somou 46.668 votos (32.52 por cento dos votos expressos), contra os 44.592 obtidos em 2004, então em coligação com o CDS-PP (que representou 32,43 por cento). Em 2004 o PS venceu no distrito, com 66.622 votos (48,46 por cento dos votos expressos) e ontem somou 40.814 votos, o que representa 28,44.Destaque ainda para a subida notória do Bloco de Esquerda, com 16.683 votos (11.62 por cento), contra os 6.768 (4,92 por cento) de 2004. Resultados que colocam o BE como terceira força polícia no distrito, ultrapassando o PCP-PEV, que em 2004 somou 8239 votos (5,99 por cento) e ontem reuniu 11.605 votos, o que representa 8,09 por cento.
Apurados os resultados nas 31 freguesias, também Coimbra seguiu a tendência nacional de penalizar o PS, dando preferência ao PSD. Em comparação com os resultados de 2004 no concelho, o PS desce de 48,93% para 26,84%. O PSD, que este ano concorreu sozinho, conquistou 28,22%, contra os 27,86% de 2004, mas, sublinhe-se, então numa coligação com o CDS-PP. Ou seja, considerando que o CDS-PP conseguiu nestas eleições 6,87%, se se tivesse repetido a coligação, e numa análise puramente matemática, o PS ficaria quase 10% de distância do partido vencedor. De destacar também a alteração no “ranking”: o BE passa de quarta força para terceira (de 7,12 para 14,76%), trocando com o PCP, apesar de este também ter subido (de 8,67% em 2004 para 11,1% em 2009). Ou seja, houve redistribuição de votos do PS - que tinha alcançado 24.359 em 2004 e agora apenas 13.689 - pelos outros partidos políticos, com tendência clara para o PSD e para o BE, que em 2004 garantiu 3.547 votos e este ano alcançou 7.529.Em quatro freguesias houve mudança de liderança do PS para o PSD: Santa Cruz, S. Bartolomeu, Santa Clara e Santo António dos Olivais (só nesta última o PS perdeu 2.908 votos). Destaque ainda para os votos em branco, que este ano chegaram aos 2.916, contra os 1.498 de 2004. Também ao nível distrital, o PS foi o grande derrotado das eleições de ontem no distrito de Coimbra, perdendo 25.854 votos a favor do PSD e apenas conseguindo manter a supremacia em seis concelhos, a sa-ber: Montemor (32.46 contra 28.22% do PSD), Condeixa (31.62 contra 25,21 do PSD), Miranda do Corvo (33,73 contra 31.03 do PSD), Góis (37,08 contra 36,37 do PSD – o que representa, em termos de votos reais, uma diferença de 12 votos), Soure (37,5 contra 24,69 do PSD) e Lousã (32,38 contra 28,09 para o PSD).Relativamente a 2004, a ascensão social-democrata é notória, uma vez que de uma vitória limitada a quatro concelhos (Cantanhede, Mira, Penela e Pampilhosa da Serra), o PSD se guindou agora a um patamar vitorioso, que contabiliza uma posição ganhadora em 11 dos 17 concelhos do Círculo Eleitoral de Coimbra. Para além disso, mesmo a fasquia vitoriosa dos socialistas desceu significativamente, uma vez que de situações em que a vitória ia além dos 50 por cento, os resultados apresentaram-se agora bem mais modestos, não ultrapassando os 37,5 por cento obtidos em Soure, que representam claramente o melhor score obtido pelos socialistas no distrito.Em 2004, no Círculo Eleitoral de Coimbra votaram 137.485 eleitores dos 376.238 inscritos, o que representa uma abstenção de 63,46 por centro. Ontem, os cadernos eleitorais indicavam 398.989 inscritos e regis-taram-se 143.522 votantes, o que representa uma taxa de abstenção de 64,12 por cento, ou seja, ligeiramente superior à verificada há cinco anos.O PSD somou 46.668 votos (32.52 por cento dos votos expressos), contra os 44.592 obtidos em 2004, então em coligação com o CDS-PP (que representou 32,43 por cento). Em 2004 o PS venceu no distrito, com 66.622 votos (48,46 por cento dos votos expressos) e ontem somou 40.814 votos, o que representa 28,44.Destaque ainda para a subida notória do Bloco de Esquerda, com 16.683 votos (11.62 por cento), contra os 6.768 (4,92 por cento) de 2004. Resultados que colocam o BE como terceira força polícia no distrito, ultrapassando o PCP-PEV, que em 2004 somou 8239 votos (5,99 por cento) e ontem reuniu 11.605 votos, o que representa 8,09 por cento.
Victor Baptista, presidente da Federação do PS de Coimbra
PS e o Governo “têm de reflectir e explicar as medidas” Para o presidente da Federação Distrital do PS de Coimbra os resultados «indiciam que o eleitorado não está contente», mas sublinha a conjuntura de crise internacional e o facto de, a nível europeu, «haver uma penalização do partido no Governo». Victor Baptista sublinha, todavia, a necessidade de não se fazerem «leituras simplistas e precipitadas» dos resultados eleitorais de ontem, inferindo daí ilações ao nível das legislativas, e alerta para o papel relevante da abstenção. Lembra que «Cavaco Silva perdeu as Europeias e a seguir teve uma maioria absoluta».Relativamente aos resultados de Coimbra, o líder da federação considera que o «PS está acima da média nacional» e enfatiza a vitória em «sete concelhos», enquanto «no concelho de Coimbra ganhámos em 26 freguesias, perdendo nas cinco urbanas, o que demonstra claramente algum descontentamento».Confessando que o resultado ficou «aquém das expectativas», Victor Baptista justifica-o «com algum desencanto» do eleitorado e defende que «o PS e o Governo têm de reflectir» e, sobretudo, uma vez que entende que o eleitorado penalizou o PS pelas medidas que o Governo tem vindo a tomar, «têm de explicar a necessidade de algumas medidas tomadas - que a meu ver são as medidas correctas - mas que têm de ser melhor explicadas ao eleitorado». Mas, por outro lado, o líder da Federação Distrital do PS defende que o PS e o Governo têm, também, de «explicar e desmontar as medidas demagógi-cas que o Bloco de Esquerda tem vindo a apresentar e que só podem ser feitas por quem não tem responsabilidades de governação». Medidas que, em seu entender, «atraíram» os eleitores e penalizaram o PS.
Pedro Machado, presidente da Distrital social-democrata“PSD ganhou em Coimbra ao fim de 22 anos” Satisfação e orgulho. Esta a reacção de Pedro Machado aos resultados eleitorais de ontem. «O PSD reconquistou, ao fim de 22 anos, a maioria dos votos no distrito e, como presidente da Distrital isso representa um enorme orgulho». Resultados que, para o líder social-democrata, significam que «o PSD é um partido de referência, um partido de esperança num novo programa político de credibilidade e estabilidade política e os conimbricenses reconheceram isso».Pedro Machado faz questão de dirigir uma palavra de elogio ao trabalho de Paulo Rangel, considerando-o «a melhor escolha, o melhor candidato», um «profundo conhecedor do dis-trito de Coimbra» , onde esteve quatro dias e venceu, «apesar do candidato do PS ser Vital Moreira e do próprio secretário-geral do PS ter estado num comício em Coimbra». Paulo Rangel, diz ainda o líder distrital social-democrata, «conhece profundamente o distrito e os seus problemas. É um grande vencedor e merece amplamente esta vitória».Uma palavra ainda para Ma-nuela Ferreira Leite, uma vez que «Paulo Rangel foi uma escolha e uma aposta sua e os resultados provam que tinha razão, na necessidade de mudar a atitude em política, apostando em novos valores, nos jovens».Pedro Machado sublinha ainda o facto de, cada vez mais, o PSD se afirmar como um partido vencedor no distrito, uma vez que venceu as autárquicas em 2005, venceu as presidenciais em 2006 e acaba de vencer as europeias. «O PSD é o grande vencedor destas eleições, ga-nhou no distrito de Coimbra 22 anos depois», sublinha, apontando a diferença de 26 mil votos relativamente ao PS e agradecendo aos eleitores «o voto de confiança no PSD».
Manuel Oliveira (psd)
“Um claro crescimento do PSD” «Faço um balanço positivo dos resultados, que mostraram um claro crescimento do PPD/PSD.A nossa preocupação foi olharmos para nós próprios, independentemente das outras forças partidárias, com a convicção de que as nossas ideias e convicções são as que mais interessam ao país neste momento. A nossa líder fez uma boa escolha e o nosso candidato realizou uma campanha positiva».
henrique fernandes (ps)“Ainda não fiz a análise dos números” O Diário de Coimbra procurou ouvir o presidente da Concelhia do PS, mas este preferiu não fazer comentários. «Estive até agora a trabalhar a nível do distrito, no âmbito do processo eleitoral e na qualidade de governador civil. Sei que o PS perdeu para o PSD e que o BE subiu, mas ainda não fiz uma análise dos números», justificou Henrique Fernandes.
Fonte: Diário de Coimbra
Manuel Oliveira (psd)
“Um claro crescimento do PSD” «Faço um balanço positivo dos resultados, que mostraram um claro crescimento do PPD/PSD.A nossa preocupação foi olharmos para nós próprios, independentemente das outras forças partidárias, com a convicção de que as nossas ideias e convicções são as que mais interessam ao país neste momento. A nossa líder fez uma boa escolha e o nosso candidato realizou uma campanha positiva».
henrique fernandes (ps)“Ainda não fiz a análise dos números” O Diário de Coimbra procurou ouvir o presidente da Concelhia do PS, mas este preferiu não fazer comentários. «Estive até agora a trabalhar a nível do distrito, no âmbito do processo eleitoral e na qualidade de governador civil. Sei que o PS perdeu para o PSD e que o BE subiu, mas ainda não fiz uma análise dos números», justificou Henrique Fernandes.
Fonte: Diário de Coimbra
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