segunda-feira, 30 de março de 2009

Exigir aos pais responsabilidade na educação escolar dos filhos com punição legal



30.03.2009 - 17h36 Lusa

A petição a exigir alterações legislativas que responsabilizem "efectivamente" os pais nos casos de absentismo, abandono e indisciplina escolar já reuniu mais de 5500 assinaturas, pelo que o tema já pode ser discutido na Assembleia da República.Às 17h00 de hoje, o documento, disponível em www.peticao.com.pt/responsabilizacao, já estava assinado por 5572 pessoas, sendo que são necessárias 4000 assinaturas para levar o assunto a discussão no plenário do Parlamento. "A responsabilização dos pais e encarregados de educação pelo comportamento escolar dos seus educandos, pelas suas ausências à escola e consequente insucesso exige mudanças legislativas que efectivamente transformem a escolaridade obrigatória numa obrigação familiar com penalizações reais aos incumpridores", lê-se no texto da petição. O primeiro signatário defende que a legislação "tem que criar mecanismos administrativos e judiciais, desburocratizados, efectivos e atempados de responsabilização dos pais" naqueles três casos. "Com toda a sinceridade, não esperava reunir tantas assinaturas em tão pouco tempo. Embora acredite no que está no texto, não tinha a ideia de que tantas pessoas tivessem uma visão semelhante", disse Luís Braga, sublinhando não se tratar de um documento "contra os pais", mas sim um alerta para que os encarregados de educação estejam "mais presentes". "Os mecanismos criados devem traduzir-se em medidas sancionatórias às famílias negligentes, como multas, retirada de prestações sociais e, no limite, efeitos sobre o exercício das responsabilidades parentais, como é próprio de uma situação que afecta direitos fundamentais de pessoas dependentes", salienta a moção, do professor de História e presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Darque, em Viana do Castelo. "Actualmente, a única coisa que um professor pode fazer se um aluno faltar sucessivamente é um teste de recuperação para avaliar as dificuldades da criança e isto não é nada", acrescentou Luís Braga, aquando do lançamento do documento, disponibilizado na Internet na terça-feira passada. Além das assinaturas, os signatários têm deixado ainda diversos comentários como "cabe aos pais educar e a escola instruir, portanto serão os pais os primeiros responsáveis pela indisciplina escolar". "Enquanto não responsabilizarem fortemente as famílias por estes graves problemas, os professores andam a esforçar-se em vão, pois os meninos têm toda a cobertura dos pais para se 'baldarem' e ainda 'gozarem' com a escola e os professores", escreveu uma das signatárias.


Fonte: Publico

sexta-feira, 27 de março de 2009

José Hermano Saraiva de visita a Cantanhede

No Domingo passado tive oportunidade de ver (e gravar, já agora) o excelente programa de José Hermano Saraiva sobre o Concelho de Cantanhede. O reputado historiador não visitava Cantanhede à oito anos e ficou espantado com o desenvolvimento da cidade. Efectivamente, Cantanhede tem crescido muito e há grande mérito dos homens que têm governado a edilidade, contudo e é esta, creio eu, uma das razões da existência deste blog, ainda há muito para fazer e erros a não repetir. O tempo foi curto para falar de todas as riquiezas do Concelho, o que diz bem da, cada vez maior, preponderância de Cantanhede na região Centro e no país.
Se o Biocant é fulcral para o Concelho, não é menos verdade que o campo de golfe é um despesismo desnecessário, quando existe saneamento e outras infra-estruturas básicas que não estão ao alcance de todos os munícipes. Cantanhede continua a não ter uma sala de espectáculos, onde variedades, conferências, teatro, etc possam ocorrer (o antigo quartel dos Bombeiros era um local excelente). Por outro lado, a distância de meia dúzia de kms entre o futuro estádio municipal e o complexo desportivo de Febres coloca-nos perante esta factualidade, agradar a todos, mostrar trabalho nas Freguesias e não atender às necessidades do Concelho.
Estas chamadas de atenção cairão, com toda a certeza em saco roto, até porque já estão projectadas, contudo é um alerta para que o crescimento continue mas seja ponderado, porque ver obra é fantástico mas ver resultados é excepcional. Eu, sinceramente, julgo que para a nossa população seria mais correcto ter saneamento e não ter golfe e ter um só complexo que servisse as duas Freguesias e um teatro a dois estádios (qual estádio do Algarve…).
Para que o Concelho continue a crescer, não só em obra, mas na resolução de necessidades básicas, cá estamos nós para opinarmos, se bem que, ou muito me engano, ou ninguém nos ouve.

domingo, 22 de março de 2009

Os Novos Pobres



2009-03-10


A crise quando chega toca a todos, e eu já não sei se hei-de ter pena dos milhares de homens e mulheres que, por esse país, fora, todos os dias ficam sem emprego se dos infelizes gestores do BCP que, por iniciativa de alguns accionistas, poderão vir a ter o seu ganha-pão drasticamente reduzido em 50%, ou mesmo a ver extintos os por assim dizer postos de trabalho. A triste notícia vem no DN: o presidente do Conselho Geral e de Supervisão daquele banco arrisca-se a deixar de cobrar 90 000 euros por cada reunião a que se digna estar presente e passar a receber só 45 000; por sua vez, o vice-presidente, que ganha 290 000 anuais, poderá ter que contentar-se com 145 000; e os nove vogais verão o seu salário de miséria (150 000 euros, fora as alcavalas) reduzido a 25% do do presidente. Ou seja, o BCP prepara-se para gerar 11 novos pobres, atirando ainda para o desemprego com um número indeterminado de membros do seu distinto Conselho Superior. Aconselha a prudência que o Banco Alimentar contra a Fome comece a reforçar os "stocks" de caviar e Veuve Clicquot, pois esta gente está habituada a comer bem.


Manuel António Pina

A NET E AS CRIANÇAS




A todos os pais, adolescentes e demais. Para ler, divulgar e pensar muito bem no assunto - Vale a pena ler...



Após deixar os livros no sofá ela decidiu lanchar e entrar online.Assim, ligou-se com o seu nome de código (nick): Docinho14. Procurou na sua lista de amigos e viu que Meteoro123 estava ligado.Enviou-lhe uma mensagem instantânea: Doçinho14: Oix. Que sorte estares aí! Pensei que alguém me seguia na Rua hoje. Foi mesmo esquisito! Meteoro123: Lol. Vês muita TV. Por que razão alguém te seguiria? Não moras num local seguro da cidade?Docinho14; Com certeza. Lol. Acho que imaginei isso porque não vi ninguém quando me virei. Meteoro123: A menos que tenhas dado o teu nome online. Não fizeste isso, pois não? Docinho14: Claro que não. Não sou idiota, já sabes. Meteoro123: Jogaste vólei depois das aulas, hoje?Docinho14: Sim e ganhamos!Meteoro123: Óptimo! Contra quem? Docinho14: Contra as Vespas do Colégio da Sagrada Família. LOL. Os uniformes Delas são um nojo! Pareciam abelhas. LOL Meteoro123: Como se chama a tua equipa? Docinho14: Somos os Gatos de Botas. Temos garras de tigres nos uniformes. São impecáveis. Meteoro123: Jogas ao ataque? Docinho14: Não, jogo à defesa. Olha: tenho que ir. Tenho que fazer os TPC antes que cheguem os meus pais. Xau! Meteoro123: Falamos mais tarde. Xau. Entretanto, Meteoro123 foi à lista de contactos e começou a pesquisar sobre o Perfil dela. Quando apareceu, copiou-o e imprimiu-o. Pegou na caneta e anotou o que sabia de Docinho até agora. Seu nome: Susana aniversário: Janeiro 3, 1993. Idade.: 13. Cidade onde vive: Porto.Passatempos: vólei, inglês, natação e passear pelas lojas. Além desta informação sabia que vivia no centro da cidade porque lho tinha contado recentemente.Sabia que estava sozinha até às 6.30 todas as tardes até que os pais voltassem do trabalho.Sabia que jogava vólei às quintas-feiras de tarde com a equipa do colégio, os Gatos de Botas. O seu número favorito, o 4, estava estampado na sua camisola. Sabia que estava no oitavo ano no colégio da Imaculada Conceição. Ela tinha contado tudo em conversas online. Agora tinha informação suficiente para encontrá-la. Susana não contou aos pais sobre o incidente ao voltar do parque. Não queria que ralhassem com ela e a impedissem de voltar dos jogos de vólei a pé.Os pais sempre exageram e os seus eram os piores. Ela teria gostado não ser filha única. Talvez se tivesse irmãos, os seus pais não tivessem sido tão super protectores.Na quinta-feira, Susana já se tinha esquecido que alguém a seguira. O seu jogo decorria quando, de repente, sentiu que alguém a observava. Então lembrou-se. Olhou e viu um homem que a observava de perto. Estava inclinado contra a cerca na arquibancada e sorriu quando o viu. Não parecia alguém de quem temer e rapidamente desapareceu o medo que sentira. Depois do jogo, ele sentou-se num dos bancos enquanto ela falava com o treinador. Ela apercebeu-se do seu sorriso mais uma vez quando passou ao lado. Ele acenou com a cabeça e ela devolveu-lhe o sorriso. Ele confirmou o seu nome nas costas da camisola. Sabia que a tinha encontrado. Silenciosamente, caminhou a uma certa distância atrás dela. Eram só uns quarteirões até casa dela. Quando viu onde morava voltou ao parque e entrou no carro. Agora tinha que esperar. Decidiu comer algo até que chegou a hora de ir à Casa da menina. Foi a um café e sentou-se. Mais tarde, essa noite, Susana ouviu vozes na sala. 'Susana, vem cá!',chamou o seu pai.Parecia perturbado e ela não imaginava porquê.Entrou na sala e viu o homem do parque no sofá. 'Senta-te aí',disse-lhe o pai, 'este senhor acaba de nos contar uma história muito Interessante sobre ti'. Susana sentou-se.Como poderia ele contar-lhes qualquer coisa? Nunca o tinha visto senão nesse mesmo dia!' Sabes quem sou eu?' perguntou o homem. 'Não', respondeu Susana. 'Sou polícia e teu amigo do Messenger - Meteoro123'. Susana ficou pasmada.' É impossível! Meteoro123 é um rapaz da minha idade! Tem 14 e mora em Braga!'.O homem sorriu. 'Sei que te disse tudo isso, mas não era verdade. Repara, Susana, há gente na Internet que se faz passar por miudos; eu era um deles. Mas enquanto alguns o fazem para molestar crianças e jovens, eu sou de um grupo de pais que o faz para proteger as crianças dos malfeitores.Vim para te ensinar que é muito perigoso falar online.Contaste-me o suficiente sobre ti para eu te achar facilmente.Deste-me o nome da tua escola, da tua equipa e a posição em que jogas.O número e o teu nome na camisola fizeram com que te encontrasse facilmente.Susana gelou. 'Quer dizer que não mora em Braga?'.Ele riu-se: 'Não, moro no Porto. Sentiste-te segura achando que morava longe, não é?' 'Tenho um amigo cuja filha não teve tanta sorte: foi assassinada enquanto estava sozinha em casa. Ensinam-se as crianças e jovens a não dizer a ninguém quando estão sozinhos, porém contam isso a toda a gente pela internet.As pessoas maldosas enganam e fazem-se passar por outras para tirar informação de aqui e de lá online. Antes de dares por isso, já lhes contaste o suficiente para que te possam achar sem que te apercebas. Espero que tenhas aprendido uma lição disto e que não o faças de novo.Conta aos outros sobre isto para que também possam estar seguros'.'Prometo que vou contar!'. AGORA: Por favor, envia isto aos teus amigos para que não forneçam informações sobre si próprias. O mundo em que hoje vivemos é perigoso demais.




DÊ A CONHECER ISTO TAMBÉM A PESSOAS SEM FILHOS PARA QUE O ENVIEM AOS SEUS AMIGOS QUE TÊM FILHOS E NETOS. CUIDADO COM AS INFORMAÇÕES QUE PASSAS NO HI5, NO MSN OU AINDA OUTROS.




Paula Cristina Amaral


DGI- Departamento de Gestão da InformaçãoII,IP - Instituto de Informática, I. P.Ministério do Trabalho e da Segurança Social

Uns prendem outros tiram... outros nem chegam a ser presos...


sexta-feira, 20 de março de 2009

IX Feira do Bolo de Ançã


A Feira do Bolo de Ançã é um daqueles atractivos com sabor, para nos levar à descoberta do país, das gentes e da paisagem que vale a pena conhecer.
Num Concelho como o de Cantanhede, rico em natureza e com tantas referências dos valores patrimoniais que reafirmam as vivências peculiares das três regiões naturais, com a Gândara espraiada pelo mar; a Bairrada, no interior, onde as estações do ano se contam pelo crescer da vinha; e o Baixo Mondego, a Sul, num vale contíguo às pedreiras da famosa pedra de Ançã.
A feira realiza-se este ano no dia 29 de Março e é um óptimo motivo para visitar esta vila e a região.

quarta-feira, 11 de março de 2009

A bela Lua Cheia


O Luar quando Bate na Relva


O luar quando bate na relva

Não sei que cousa me lembra...

Lembra-me a voz da criada velha

Contando-me contos de fadas.

E de como Nossa Senhora vestida de mendiga

Andava à noite nas estradas

Socorrendo as crianças maltratadas ...

Se eu já não posso crer que isso é verdade,

Para que bate o luar na relva?

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XIX" Heterónimo de Fernando Pessoa

quarta-feira, 4 de março de 2009

O Blog do 9ºB da Escola EB 2,3 de Cantanhede


Este blog é feito nas aulas de Área de Projecto onde lecciono. Vale a pena passarem por lá e deixar um comentário de apoio ao trabalho destes alunos. Bom trabalho Francisco Paixão. Visitem AQUI

Educação e Política de Socrates

“Cantanhede aproveitou sinergias para captar massa cinzenta”

O projecto foi ontem apresentado, no Verão arrancam as obras e em finais de 2010 ou início de 2011, é inaugurado o Centro de Formação e Inovação Empresarial de Cantanhede, da responsabilidade do Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC), entidade à qual a Câmara de Cantanhede disponibilizou o edifício da antiga fábrica Cobai, na zona industrial.Esta cooperação entre o CEC e a Câmara de Cantanhede resulta de um trabalho de mais de um ano entre as duas entidades, culminando ontem com a apresentação do projecto de requalificação daquele edifício, da autoria de Luís Neto, e que vai permitir a instalação de um conjunto de entidades e serviços, que contribuirão para o reforço da dinamização da estrutura socioeconómica e fixação de pessoas no concelho cantanhedense.«Hoje estamos a corporizar uma nova batalha para ganharmos a guerra», frisou o presidente da Câmara, sustentando que esta é «a grande obra que este executivo tem neste mandato». João Pais de Moura recordou os dois longos anos que ocupou a congregar vontades para a ocupação daquele edifício no seu todo «e trazer para Cantanhede novas valências», encontrando no CEC, «representante de mais de 140 mil empresas», o parceiro ideal para acentuar Cantanhede no mapa do desenvolvimento.A mesma satisfação por este «casamento feliz» demonstrou o presidente do CEC, Almeida Henriques, considerando que este projecto constitui «um salto» na promoção do empreendedorismo e inovação, «visando a agregação de todas as valências do Conselho Empresarial do Centro».Considerando não fazer sentido que a sede do CEC tenha de estar obrigatoriamente na capital do distrito, Almeida Henriques considera a transferência desta entidade para Cantanhede a demonstração de «uma visão global» das actividades da região. Por isso o projecto prevê uma central de serviços do CEC(CCIC «para onde se transferirão as nossas associadas», mas também uma incubadora de empresas com uma estratégia definida: «desenvolver vida através deste edifício»Autarquia com visãoA rápida acessibilidade a Cantanhede foi também «uma motivação forte» para esta parceria e Almeida Henriques enfatizou o trabalho de todos no mesmo sentido para a promoção do empreendedorismo e enalteceu a abertura de espírito do executivo da Câmara, sobretudo de João Pais de Moura, «que teve visão para abraçar este novo desafio» e soube aproveitar «as sinergias para captar massa cinzenta para Cantanhede».«Este é um bom exemplo e um bom sinal para outras autarquias do Interior», anotou Almeida Henriques.Os mesmos elogios teceu o presidente da ACIC – Associação Comercial e Industrial de Cantanhede, Paulo Mendo, que não vendo «inconveniente que o CEC mude de Coimbra para Cantanhede», também viu «com muito interesse» a transferência da delegação da ACIC em Cantanhede, «um concelho muito activo no distrito» para o futuro Centro de Formação e Inovação Empresarial. Da mesma forma se expressou o líder da Associação Empresarial de Cantanhede, Luís Roque, que vê neste projecto uma forma de criação «de mais um pólo de atracção para Cantanhede».Almeida Henriques “baptizou” edifícioNo final da apresentação do projecto do arquitecto Luís Neto, Almeida Henriques quebrou o protocolo para “baptizar” o edifício. Não se sabe se o presidente do CEC já trazia o nome na mente ou se ocorreu na altura. Na maqueta do projecto constava “Reabilitação do Antigo Edifício Industrial de Cantanhede” e o dirigente atalhou: «Como tributo a toda a região vou baptizar o edifício como “Edifício Centro”. Espero que aceitem». O nome foi consensual e João Moura garantiu mesmo que ia defender aquele “baptismo” «intransigentemente». O que Almeida Henriques não disse foi o valor do investimento, embora já tenha um projecto de financiamento de parceria público/privado. Para o arranque da obra, prevista para o início do Verão, Almeida Henriques espera que a burocracia não “emperre”, adiantando que o prazo de execução é de «um ano e meio», dois anos na pior das hipóteses. João Moura garantiu que pela parte da autarquia vai haver «via verde» para a aprovação do projecto, pelo que tudo se conjuga para que a obra arranque mesmo em Maio ou Junho. J.C.SEntidades e serviços a instalar no edifícioA cooperação entre a Câmara de Cantanhede e o CEC vai permitir a instalação de um conjunto de entidades e serviços no antigo edifício da Cobai que, na óptica de João Moura, irão contribuir para reforçar «a dinamização da estrutura socioeconómica» e para a fixação de pessoas no concelho. O projecto de requalificação do edifício prevê o Centro Venture da Enterprise Europe Network, consórcio que associa organizações que proporcionam um conjunto de serviços descentralizados e de proximidade às PME’s; e ainda a Agência de Desenvolvimento Regional WinCentro, que terá por objecto a captação de investimento nacional e estrangeiro para o Centro de Portugal, bem como uma Incubadora de Empresas «numa lógica de projectos a alocar aos Parques Empresariais do Centro. O projecto contempla ainda a criação de um Centro de Excelência para a promoção do empreendedorismo e inovação e o pólo Enterprise Europe Network «e respectivas estratégias de internacionalização», além de espaços e salas polivalentes, tendo em vista a dinamização de eventos de cariz nacional e regional, incluindo conferências, exposições e mostras económicas. Além da AEC, ACIC, Escola Técnico Profissional de Cantanhede, a Câmara de Cantanhede está em negociações para que outras entidades locais venham a instalar-se na área (1.044 m2) que lhe é reservada neste projecto, entre o piso zero e um. O CEC vai ocupar 2.204 m2 do piso zero ao piso quatro.
J.C.S. Fonte : Diário de Coimbra

terça-feira, 3 de março de 2009

Nocturno


Ensino Show (Fim tortura aulas)


República das bananas


Um total de 20 aquecedores foi comprado pela Associação de Pais da EB 2/3 de Cantanhede. Medida surgiu para combater o frio a que os alunos estavam sujeitos na sala de aula.
Se acrescentarmos a isto que nalgumas escolas do concelho são as Associações da Pais que garatem a presença de uma auxiliar de educação e o facto de muitas dessas escola precisarem de obras urgentes, podemos concluir que para Magalhães e Campos de Golfe existe dinheiro, para coisas bem mais importantes não.

segunda-feira, 2 de março de 2009

“Não que­ro fazer papel de Amé­ri­co Tomás”

Jor­ge Mar­tins alega que a “falta de lealdade” o levou a recusar ser reconduzido na pre­si­dên­cia do Hos­pi­tal de Can­ta­nhe­de

O cirur­gi­ão Jor­ge Mar­tins, ain­da pre­si­den­te do con­se­lho de ad­mi­nis­tra­ção do Hos­pi­tal Ar­ce­bis­po João Cri­sós­to­mo (HAJC) de Can­ta­nhe­de, expli­cou ao Diá­rio de Coim­bra os ver­da­dei­ros moti­vos por­que se demi­tiu do car­go que ocu­pa des­de 2005. Ou melhor: por que não acei­ta a recon­du­ção na pre­si­dên­cia e direc­ção do hos­pi­tal. Por­que, na ver­da­de – come­çou por adi­an­tar –, «não me demi­ti, mas sim pedi à tute­la para não me recon­du­zir, como, ali­ás, esta­va pla­ne­a­do e garan­ti­do».
Então, o que levou este clí­ni­co a tão drás­ti­ca medi­da, uma vez que tinha o apoio quer da ARS Cen­tro quer do Minis­té­rio da Saú­de? Jor­ge Mar­tins foi cla­ro e não dei­xou mar­gem para dúvi­das: «Não que­ro fazer o papel de Amé­ri­co Tomás!». E expli­cou o que dei­xa enten­der esta enig­má­ti­ca fra­se: «Sou pre­si­den­te do con­se­lho admi­nis­tra­ti­vo, direc­tor exe­cu­ti­vo e não tenho peso nenhum. Os outros dois ele­men­tos têm mais votos e chum­bam todas as minhas pro­pos­tas e eu não sou nem que­ro ser um pre­si­den­te deco­ra­ti­vo, fazer o papel de Amé­ri­co Tomas», reve­la o médi­co cirur­gi­ão, mili­tan­te soci­a­lis­ta e depu­ta­do da Assem­bleia Muni­ci­pal de Can­ta­nhe­de.
As crí­ti­cas e o moti­vo da sua recu­sa na recon­du­ção do car­go são direc­cio­na­dos aos res­tan­tes ele­men­tos do con­se­lho de admi­nis­tra­ção, a enfer­mei­ra che­fe e direc­to­ra Áurea Andra­de e à médi­ca e vogal exe­cu­ti­va Isa­bel Neves.
«Alguém pen­sou que eu não vol­ta­va mais [Jor­ge Mar­tins foi sujei­to a um trans­plan­te na Coru­nha, onde este­ve lar­gos mes­es] e quan­do regres­sei sen­ti que não foram cor­rec­tas comi­go e encon­trei razões que enten­di for­tes para tomar esta deci­são», adi­an­tou o clí­ni­co, espe­ci­fi­can­do: «As minhas pro­pos­tas eram chum­ba­das com os votos des­ses ele­men­tos, que adop­ta­ram uma pos­tu­ra de afas­ta­men­to do direc­tor do hos­pi­tal».
«O fun­cio­na­men­to da admi­nis­tra­ção esta­va em cau­sa e não podia pac­tu­ar com esta situ­a­ção», argu­men­ta Jor­ge Mar­tins, con­fir­man­do uma ale­ga­da incom­pa­ti­bi­li­da­de com a enfer­mei­ra e médi­ca que fazem par­te da actu­al admi­nis­tra­ção hos­pi­ta­lar.
O cirur­gi­ão, actu­al­men­te em férias até ao pró­xi­mo dia 13 de Mar­ço, diz que ten­tou «che­gar a um con­sen­so» com as suas cole­gas de direc­ção, falan­do com Áurea Andra­de e Isa­bel Neves, para «apa­zi­guar» o ale­ga­do con­fli­to exis­ten­te na admi­nis­tra­ção hos­pi­ta­lar, «mas não foi pos­sí­vel e fiquei com o saco cheio», ale­ga o ain­da admi­nis­tra­dor, acu­san­do aque­las res­pon­sá­veis de fal­ta «de leal­da­de».

Regres­sar “às ori­gens”
Garan­tin­do que a sua recon­du­ção no car­go «esta­va garan­ti­da com a tute­la», Jor­ge Mar­tins afir­ma que tam­bém che­gou a falar com os seus supe­ri­o­res hie­rár­qui­cos (ARS Cen­tro), antes de deci­dir bater com a por­ta, para se che­gar ao dese­ja­do con­sen­so na admi­nis­tra­ção hos­pi­ta­lar, o que tam­bém não terá sido con­se­gui­do.
«Sou extre­ma­men­te prag­má­ti­co e se as razões que mar­cam a minha ati­tu­de se man­ti­ve­rem, não estou dis­po­ní­vel para con­ti­nu­ar», fri­sa o clí­ni­co, subli­nhan­do que «se esti­ves­se agar­ra­do ao lugar não saía».
Ago­ra, Jor­ge Mar­tins espe­ra que a tute­la nomeie o seu sub­sti­tu­to até ao final das férias que está a gozar para entrar «num perí­o­do sabá­ti­co, de refle­xão» e, depois, «regres­sar às ori­gens», ou seja, ao hos­pi­tal da Covi­lhã, onde foi «cirur­gi­ão duran­te 20 anos», já que a refor­ma ain­da está lon­ge. «Tenho ape­nas 55 anos e ain­da tenho mui­to para dar», ano­ta.
Este clí­ni­co, recor­de-se, exer­ceu fun­ções de médi­co cirur­gi­ão em Can­ta­nhe­de, Coim­bra, Madei­ra, Covi­lhã, onde tam­bém foi admi­nis­tra­dor hos­pi­ta­lar, e regres­sou a Can­ta­nhe­de em 2005, ini­ci­an­do uma pro­fun­da remo­de­la­ção no Arce­bis­po João Cri­sós­to­mo que cul­mi­nou com a total requa­li­fi­ca­ção do edi­fí­cio hos­pi­ta­lar e intro­du­ção de novos ser­vi­ços.

“Não que­ro usar o mes­mo
canal de comu­ni­ca­ção”
Face às crí­ti­cas de Jor­ge Mar­tins às suas cole­gas na admi­nis­tra­ção do hos­pi­tal de Can­ta­nhe­de, o Diá­rio de Coim­bra falou com a enfer­mei­ra Áurea Andra­de e a médi­ca Isa­bel Neves. A enfer­mei­ra reme­teu-se ao silên­cio e não quis comen­tar qual­quer afir­ma­ção do médi­co cirur­gi­ão, sus­ten­tan­do que o assun­to «está a ser tra­ta­do pela tute­la». Isa­bel Neves tam­bém não quis ali­men­tar qual­quer polé­mi­ca, mas sem­pre dis­se que «esta­mos num país livre» e que cada um «pode dizer o que quer». Esta res­pon­sá­vel fri­sa que não é «ele­men­to (do con­se­lho admi­nis­tra­ti­vo) nome­a­do pela polí­ti­ca» e, por isso, não pre­ten­de meter-se em assun­tos polí­ti­cos. Porém, Isa­bel Neves argu­men­ta que Jor­ge Mar­tins «optou por um canal de comu­ni­ca­ção que con­si­de­rou mais ade­qua­do para poder pas­sar as suas idei­as, mas eu não que­ro uti­li­zar o mes­mo canal».

FONTE