quinta-feira, 16 de julho de 2009

Relatórios





Panorama da Educação Portugal país da OCDE onde a população passou menos anos a estudar Portugal é o país da OCDE onde a população adulta passou menos tempo no sistema de ensino: apenas oito anos e meio, menos 3,4 do que a média dos países da organização. O relatório "Panorama da Educação de 2006", hoje divulgado, conclui também que as escolas portuguesas são também as que menos horas dedicam à Matemática. O documento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) coloca Portugal no fim da lista quanto ao tempo que a população entre os 25 e os 64 anos passou em estabelecimentos de ensino. No topo surge a Noruega, onde a população permanece em média quase 14 anos no sistema educativo, seguida da Alemanha, Dinamarca e Estados Unidos, todos acima dos 13 anos. Por outro lado, o número de pessoas entre os 25 e os 34 anos que concluíram o ensino secundário tem vindo a aumentar. A média da OCDE é de 77 por cento e em Portugal esta percentagem situa-se nos 40 por cento - é o quarto valor mais baixo, depois do México (25), Turquia (33) e Brasil (38). Portugal desce mais ainda quando se analisa a população entre os 25 e os 64 que tem o 12º ano: é o penúltimo, com 25 por cento, apenas à frente do México, com 23 por cento. Quanto ao Ensino Superior, o relatório indica que, em Portugal, cerca de 20 por cento das pessoas entre os 25 e os 34 anos possuem um diploma universitário, mas o valor cai para 10 por cento na faixa etária entre os 45 e os 54 anos. Menos tempo para a Matemática e língua materna O mesmo estudo da OCDE mostra que Portugal é o segundo país da organização que menos tempo dedica à Matemática, no 2º Ciclo do Ensino Básico (entre os 9 e os 11 anos): apenas 12 por cento do currículo passa por aquela disciplina, menos quatro por cento do que a média dos países analisados. Só a Austrália dedica menos tempo à Matemática (nove por cento), enquanto que o México surge no topo tabela (25 por cento). Da mesma forma, Portugal é penúltimo no tempo dedicado às competências ligadas à língua materna, como a leitura e a escrita: apenas 15 por cento do currículo, menos nove por cento do que a média. Uma vez mais, a Austrália ocupa o último lugar, com 13 por cento. França, Holanda e México (com 30 por cento) são, por contraste, os países que mais aulas consagram à língua. Só no tempo dedicado às línguas estrangeiras Portugal ultrapassa a média, com 11 por cento do currículo (média de oito por cento), uma superioridade alcançada também na área das tecnologias, que absorve 12 por cento do currículo dos alunos portugueses e apenas dois por cento na média. Menos aulas, mas mais tempo na escola Apesar de terem menos tempo de aulas na maioria das áreas, os alunos portugueses acabam por passar mais horas na escola do que a média dos países da OCDE. De acordo com esta pesquisa, os alunos portugueses do 2º Ciclo passam cerca de 874 horas por ano no estabelecimento de ensino (mais 66 do que a média), enquanto os do 3º Ciclo, entre os 12 e os 14 anos, despendem na escola 937 horas, (mais 43 do que o geral). Em termos gerais, a OCDE considera que o nível educativo aumentou nos seus Estados-membros, mas pede sistemas pedagógicos mais ambiciosos e uma aposta no ensino universitário para enfrentar os novos desafios sociais. Com Lusa Fonte: http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/20060912+Panorama+da+Educacao.htm

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