Sensivelmente um mês após a realização das eleições autárquicas é hora de fazer o balanço dos resultados obtidos no nosso Concelho. A esmagadora vitória do PSD na Câmara Municipal, Assembleia Municipal e em dezasseis das dezanove Freguesias, traduzem de forma cabal o trabalho efectuado pelo Partido Social Democrata, quer em campanha, quer, principalmente, no trabalho que tem desenvolvido no Concelho. Obviamente, que, histórica e ideologicamente, o Concelho é maioritariamente social-democrata, mas isso, por si só, não chega para explicar os resultados obtidos (66,89% para o executivo de João Moura contra os 27,23 obtidos pelo principal adversário Manuel Ruivo do Partido Socialista).
Vivemos, felizmente, num estado de direito democrático e o resultado das eleições não pode ser contestado, sendo revelador da vontade dos Munícipes em premiar o trabalho desenvolvido pelo PSD no Concelho e na própria campanha eleitoral que, como se sabe, tem alguma influência, se bem que não aquela que muitos lhe querem dar para justificar frustrações eleitorais.
Estas eleições revelaram que os Munícipes não se revêem no Partido Socialista, não vêem neste uma alternativa credível e este é o ponto de partida para os militantes do partido prepararem os próximos actos eleitorais. A mensagem não passa e os candidatos, nos quais me incluo, por ventura, não serão os ideais. Não se podem esquecer que as eleições não se ganham no ano das mesmas, há que demonstrar trabalho, intervenção e acção durante os quatro anos, não podendo ignorar mais de um quarto dos Munícipes que representam. O Partido Socialista nunca conseguirá ganhar as eleições autárquicas enquanto não demonstrar ser uma alternativa capaz, uma oposição sólida com um projecto definido e concreto para o Concelho. Os meus votos, a bem da pluralidade democrática, é que a Comissão Politica Socialista e todos os candidatos eleitos desempenhem o seu mandato condignamente, lançando as bases para uma futura vitória ou, pelo menos, para o encurtar de distâncias.
O que todos queremos é um Concelho mais forte e desenvolvido e isso só se obtém com uma boa liderança e com uma oposição capaz de interagir com a liderança, aprovando o que entende aprovar e apresentar alternativas em vez da pura abstenção ou voto contrário. Dizer não só para chatear é um principio que deve ser erradicado do nosso panorama politico.
2 comentários:
amigo Zé
assino por baixo!!
passamos a vida a interpertar o mundo... é preciso transforma-lo" Marx
passamos a vida a interperpetar os resultados , arranjando auto-desculpas , mas o que é preciso é transformar este partido , num partido activo mobilizador e alternativo.
é preciso transformar as derrotas em oportubnidades.
Realmente a campanha do PS pecou por ser muito pobre, denotando-se alguma falta de apoio, das duas uma ou o candidato era fraca ou tratou-se de um assassinato político.
Se juntarmos ao facto que o PS local foi penalizado por erros do PS nacional, encerramento das urgências e da linha do comboio são bons exemplos e que o PSD Cantanhede numa atitude meramente eleitoralista inaugurou nos meses anteriores à campanha muita obra, alguma de carácter mediático ou mesmo de pouco interesse, não admira os resultados destas eleições.
Não me identifico com nenhum dos partidos, pois o PSD representa a Direita que abomino e o PS porque se encosta em muito a essa mesma direita, com alguns laivos de esquerda fracturante, responsável por abrir caminho à Nova Ordem Mundial.
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