O projecto foi ontem apresentado, no Verão arrancam as obras e em finais de 2010 ou início de 2011, é inaugurado o Centro de Formação e Inovação Empresarial de Cantanhede, da responsabilidade do Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC), entidade à qual a Câmara de Cantanhede disponibilizou o edifício da antiga fábrica Cobai, na zona industrial.Esta cooperação entre o CEC e a Câmara de Cantanhede resulta de um trabalho de mais de um ano entre as duas entidades, culminando ontem com a apresentação do projecto de requalificação daquele edifício, da autoria de Luís Neto, e que vai permitir a instalação de um conjunto de entidades e serviços, que contribuirão para o reforço da dinamização da estrutura socioeconómica e fixação de pessoas no concelho cantanhedense.«Hoje estamos a corporizar uma nova batalha para ganharmos a guerra», frisou o presidente da Câmara, sustentando que esta é «a grande obra que este executivo tem neste mandato». João Pais de Moura recordou os dois longos anos que ocupou a congregar vontades para a ocupação daquele edifício no seu todo «e trazer para Cantanhede novas valências», encontrando no CEC, «representante de mais de 140 mil empresas», o parceiro ideal para acentuar Cantanhede no mapa do desenvolvimento.A mesma satisfação por este «casamento feliz» demonstrou o presidente do CEC, Almeida Henriques, considerando que este projecto constitui «um salto» na promoção do empreendedorismo e inovação, «visando a agregação de todas as valências do Conselho Empresarial do Centro».Considerando não fazer sentido que a sede do CEC tenha de estar obrigatoriamente na capital do distrito, Almeida Henriques considera a transferência desta entidade para Cantanhede a demonstração de «uma visão global» das actividades da região. Por isso o projecto prevê uma central de serviços do CEC(CCIC «para onde se transferirão as nossas associadas», mas também uma incubadora de empresas com uma estratégia definida: «desenvolver vida através deste edifício»Autarquia com visãoA rápida acessibilidade a Cantanhede foi também «uma motivação forte» para esta parceria e Almeida Henriques enfatizou o trabalho de todos no mesmo sentido para a promoção do empreendedorismo e enalteceu a abertura de espírito do executivo da Câmara, sobretudo de João Pais de Moura, «que teve visão para abraçar este novo desafio» e soube aproveitar «as sinergias para captar massa cinzenta para Cantanhede».«Este é um bom exemplo e um bom sinal para outras autarquias do Interior», anotou Almeida Henriques.Os mesmos elogios teceu o presidente da ACIC – Associação Comercial e Industrial de Cantanhede, Paulo Mendo, que não vendo «inconveniente que o CEC mude de Coimbra para Cantanhede», também viu «com muito interesse» a transferência da delegação da ACIC em Cantanhede, «um concelho muito activo no distrito» para o futuro Centro de Formação e Inovação Empresarial. Da mesma forma se expressou o líder da Associação Empresarial de Cantanhede, Luís Roque, que vê neste projecto uma forma de criação «de mais um pólo de atracção para Cantanhede».Almeida Henriques “baptizou” edifícioNo final da apresentação do projecto do arquitecto Luís Neto, Almeida Henriques quebrou o protocolo para “baptizar” o edifício. Não se sabe se o presidente do CEC já trazia o nome na mente ou se ocorreu na altura. Na maqueta do projecto constava “Reabilitação do Antigo Edifício Industrial de Cantanhede” e o dirigente atalhou: «Como tributo a toda a região vou baptizar o edifício como “Edifício Centro”. Espero que aceitem». O nome foi consensual e João Moura garantiu mesmo que ia defender aquele “baptismo” «intransigentemente». O que Almeida Henriques não disse foi o valor do investimento, embora já tenha um projecto de financiamento de parceria público/privado. Para o arranque da obra, prevista para o início do Verão, Almeida Henriques espera que a burocracia não “emperre”, adiantando que o prazo de execução é de «um ano e meio», dois anos na pior das hipóteses. João Moura garantiu que pela parte da autarquia vai haver «via verde» para a aprovação do projecto, pelo que tudo se conjuga para que a obra arranque mesmo em Maio ou Junho. J.C.SEntidades e serviços a instalar no edifícioA cooperação entre a Câmara de Cantanhede e o CEC vai permitir a instalação de um conjunto de entidades e serviços no antigo edifício da Cobai que, na óptica de João Moura, irão contribuir para reforçar «a dinamização da estrutura socioeconómica» e para a fixação de pessoas no concelho. O projecto de requalificação do edifício prevê o Centro Venture da Enterprise Europe Network, consórcio que associa organizações que proporcionam um conjunto de serviços descentralizados e de proximidade às PME’s; e ainda a Agência de Desenvolvimento Regional WinCentro, que terá por objecto a captação de investimento nacional e estrangeiro para o Centro de Portugal, bem como uma Incubadora de Empresas «numa lógica de projectos a alocar aos Parques Empresariais do Centro. O projecto contempla ainda a criação de um Centro de Excelência para a promoção do empreendedorismo e inovação e o pólo Enterprise Europe Network «e respectivas estratégias de internacionalização», além de espaços e salas polivalentes, tendo em vista a dinamização de eventos de cariz nacional e regional, incluindo conferências, exposições e mostras económicas. Além da AEC, ACIC, Escola Técnico Profissional de Cantanhede, a Câmara de Cantanhede está em negociações para que outras entidades locais venham a instalar-se na área (1.044 m2) que lhe é reservada neste projecto, entre o piso zero e um. O CEC vai ocupar 2.204 m2 do piso zero ao piso quatro.
J.C.S. Fonte : Diário de Coimbra
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