quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Soneto


SONETO

Rudes e breves as palavras pesam
mais do que as lajes ou a vida, tanto,
que levantar a torre do meu canto
é recriar o mundo pedra a pedra;
mina obscura e insondável, quis
acender-te o granito das estrelas
e nestes versos repetir com elas
o milagre das velhas pederneiras;
mas as pedras do fogo transformei-as
nas lousas cegas, áridas, da morte,
o dicionário que me coube em sorte
folheei-o ao rumor do sofrimento:
ó palavras de ferro, ainda sonho
dar-vos a leve têmpera do vento.

in Carlos de Oliveira, Trabalho Poético, Lisboa: Assírio & Alvim, 2003

A certificação da política

Depois de ler esta notícia fiquei de boca aberta... o Sr. Presidente da Câmara de Cantanhede não sabe que existe um Centro de Estudos Carlos de Oliveira, que por acaso foi quem instituiu o primeiro Prémio Literário Carlos de Oliveira? Não seria mais produtivo que este Centro fosse chamado a participar na Fundação criada? Todo este processo tem sido mal conduzido (má fé?) desde o início. Lembro que numa primeira fase o espólio do escritor esteve para ficar à guarda do Centro, mas depois deu-se esta reviravolta! Era bom que alguém pusesse a mão na consciência e explicasse o que se passou afinal?
A propósito da dita atribuição de certificação de qualidade à Câmara Municipal de Cantanhede, fica-nos algumas dúvidas quanto à sua qualidade política!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Dia internacional do Partir Pedra


Como a conversa já vai longa e é tempo dos confrades se conhecerem venho propor um almoço de confraternização.
Num restaurante certificado ou não, onde não se possa fumar ou tipo casino, é tempo de juntar o pessoal e falar sobre o blogue e Cantanhede.
Digam lá se sua justiça sobre o dia a hora e o local.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Dia Internacional da Protecção Civil


O Dia Internacional da Protecção Civil (1 de Março) vai ser assinalado no Município de Cantanhede, durante toda a semana de 25 de Fevereiro a 1 de Março, com um conjunto de actividades centradas na divulgação de conceitos e práticas que concorram para a adopção de comportamentos tendentes a garantir a segurança de pessoas e bens.
Os dias internacionais, mais do que dias para tentar debater e resolver as questões que efeméride representa, são dias para o show of, pelo que seria mais correcto apelidar o evento que se segue como Dia Internacional da Protecção Civil Pop Star.
Longe de procurar um debate sobre o assunto toda a programação é destinada a Inglês ver a começar com um simulacro com dia e hora marcada. Podem-lhe chamar demonstração, parada da segurança, os nomes que quiserem mas um simulacro não é certamente. Facilmente desmontamos “o simulacro” , em primeiro lugar é estranho que só agora se tenha descoberto que este procedimento deve ser treinado. Corrijam-me se estou errado mas não tenho conhecimento que se treine regularmente (pelo menos de seis em seis meses) este tipo de acções em nenhum local público do concelho, o que só por si demonstra a hipocrisia do que vai agora ser realizado. Os simulacros devem ser feitos inopinadamente, só com o conhecimento do responsável da segurança e do responsável pelo edifício, quanto menos gente tiver conhecimento da acção a realizar, maior e a possibilidade de se averiguar as condições de resposta, bem como de preparar as pessoas para uma verdadeira situação de perigo e retirar informação, para as consequentes acções a realizar para melhorar os níveis de segurança. Acresce ainda dizer que tudo isto tem de ser acompanhado por formação e treino.
Agradecemos também a preocupação com as nossas crianças, mas gostaríamos de ver essa preocupação no dia a dia. Com efeito e junto a algumas escolas de Cantanhede a segurança quer no que diz respeito ao transito, quer no que diz respeito ao combate à pequena criminalidade, não se faz sentir ou é manifestamente pouca.
Não só no que diz respeita a Cantanhede, mas também no país e no mundo eu confesso que para estes eventos já dei. Estes dias servem para exorcizar pecados, para promoção pessoal ou politica. O dia é evocado com muita pompa e circunstancia, as promessas e declarações de intenções saem da boca mas não da alma. depois vai tudo para casa com a sensação do dever cumprido, mas os problemas ficam por resolver e para o ano lá volta novamente o mesmo folclore mediático.

Carlos de Oliveira


Não pude assistir ao evento sobre Carlos de Oliveira em Cantanhede. Alguêm tem uma notícia sobre o assunto?


Aço na forja dos dicionários
as palavras são feitas de aspereza:
o primeiro vestígio da beleza
é a cólera dos versos necessários.

Mãe Pobre

Cesário Verde (1855- 1886) Lisboa


Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Unidos Pela saúde


Após um interregno de duas semanas, no sentido de dar algum tempo à nova Ministra da Saúde, Ana Jorge, para avaliar o processo do encerramento das Urgências de Anadia, o Movimento “Unidos pela Saúde” vai voltar à carga, com mais uma iniciativa de protesto aprazado para o próximo sábado, dia 23, pelas 15h00, em frente à Câmara de Anadia.
Em Cantanhede, continuamos à espera que por obra e graça do Divino Espírito Santo algo aconteça. Depois de a Câmara Ter atirado a toalha para o ringue e ter aceitado um empate, mas que para os cidadãos tem sabor a derrota. Continuo a defender que se aqueles que nos representam não souberam defender o povo, tem de ser o povo a defender-se. Impunha-se a criação de um movimento em defesa das urgências, que como na Anadia não baixa-se os braços e lutasse pela saúde a que tem direito. O poder teria oportunidade de mostrar de que lado da barricada se situa.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Show of

Caros amigos, muitas das notícias que aqui dou não implicam que concorde com elas, antes de tudo são para informar e tentar que alguêm demonstre a sua opinião. Como sabem sou bastante crítico em relação a esta Câmara e ao seu executivo. Por vezes não tenho o tempo suficiente para as comentar... mas deixo o mote para que peguem nelas e falem... concordo em absoluto que este executivo trabalha para o show of. Quase todas as iniciativas não têm qualquer seguimento em termos de formação. Mas isto já vem de longe. Como pedagogo e não demagogo, sou apologista de acções com consequência. Prefiro o florir das mentes do que o dos jardins ... mas são opiniões! Tens razão Manel, falta muito aos políticos da praça quando é preciso tão pouco.

Mas faltam-nos notícias da oposição... faltam! Como Socialista e deputado na Assembleia de Freguesia de Cantanhede faço o meu trabalho. Neste momento, bato-me pela publicação das actas da Assembleia de Freguesia. Penso que quem votou, quer e deve saber o que fazemos. Socialistas está na hora de acordar e começar a trabalhar. Há muita gente à espera.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Basquetebol em Cantanhede


Jornada disputada no pavilhão do Marialvas
Nos próximos dias 23 e 24, o Pavilhão do Marialvas, em Cantanhede, recebe quatro partidas da 16.ª jornada da Liga de Basquetebol. A 16.ª jornada do 13.º Campeonato da Liga de Clubes de Basquetebol vai disputar-se, nos próximos dias 23 e 24, no Pavilhão do Marialvas, em Cantanhede.Ao longo destes dois dias, são quatro as partidas que vão ser disputadas. Logo no dia 23 (sábado) Cantanhede acolhe, a partir das 16H00, o desafio entre Lusitânia Angra PM e FC Barreirense. Duas horas mais tarde, cerca das 18H00, realiza-se o encontro que coloca frente-a-frente a Ovarense Aerosoles e a formação do Casino Figueira Ginásio. Já no domingo, último dia em que esta jornada se disputa no pavilhão do Marialvas, disputam-se duas partidas. Pelas 14H45 tem início o Belenenses Hyundai Lusifor-CAB madeira e, a partir das 17H00, decorre o FC Porto-Vagos Lusavouga Dewalt (que será transmitido em directo na RTP2).António Pinheiro considerou ao DIÁRIO AS BEIRAS que o facto destes desafios se disputaram em Cantanhede é “importante para o município”. O vereador com o pelouro do desporto da autarquia de Cantanhede destacou o facto de haver a possibilidade da cidade acolher “uma prova do escalão máximo do basquetebol português”. Considerando que se “trata sempre de uma mais-valia”, António Pinheiro não esqueceu os jovens que ainda estão em formação nesta modalidade. “É importante, para quem está na formação, ter as referências dos melhores jogadores em Portugal”, acrescentou. Aliás, estes dois dias em que o campeonato decorre no concelho são considerados “um valor acrescentado para a formação em termos de projecção”. Durante ambos dias de competição, os desafios vão ter sempre entradas gratuitas. António Pinheiro disse ainda que tal permite “projectar Cantanhede para o exterior”. O vereador lembrou ainda a disponibilidade do município “para acolher outros eventos desportivos”, nesta ou noutras modalidades.

Mais do mesmo


Numa época de crise, não há dúvidas, é sempre o futebol que nos ajuda. Gastar dinheiro em educação , acção social, qualidade de vida dos munícipes? Não! Façam-se campos e campos de futebol, de preferência um por freguesia... todos temos direito,não é? É só uma dica a propósito da notícia que vem a seguir...

Complexo desportivo da Tocha


CANTANHEDE
Complexo Desportivo da Tocha com balanço “muito positivo”

Um ano depois de ter sido inaugurado, o Complexo Desportivo da Tocha já foi palco de diversas realizações. A (prometida) piscina não está esquecida e António Pinheiro mostra-se ambicioso em relação ao futuro.Faz amanhã um ano que Laurentino Dias, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, inaugurou o Complexo Desportivo da Tocha, no concelho de Cantanhede. Agora, passados 365 dias, António Pinheiro, faz um balanço “muito positivo” do primeiro ano de funcionamento. Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o vereador da autarquia de Cantanhede destacou as várias realizações que já decorreram naquele espaço. Desde o torneio de inauguração, “que juntou as melhores escolas de futebol do país”, a realização do “estágio de uma equipa da 1.ª Liga”, o torneio de Natal, a presença de uma selecção nacional na Tocha, que permitiu que “pela primeira vez se tocasse e cantasse o Hino Nacional” e, mais recentemente, uma prova de orientação, são várias as realizações que o espaço já acolheu. A estas juntam-se os jogos da União Desportiva da Tocha, bem como vários torneios inter-selecções levados a cabo pela Associação de Futebol Coimbra.Tudo isto, e outras iniciativas, fazem com que António Pinheiro realce o facto do Complexo Desportivo ser “dinâmico, com várias valências”, e que a grande preocupação é que possa ter “uma utilização intensa”.Ciente de há “um longo caminho a percorrer”, o vereador não esquece que os objectivos passam por “cimentar a realização de eventos importantes” na vila da Tocha. Sem esquecer que o espaço é “do concelho, para o concelho e para o exterior”, António Pinheiro afirma: “neste primeiro ano, o Complexo Desportivo da Tocha respondeu ao que era esperado, apesar de, neste momento, continuarem a fazer-se alguns ajustes”. Para o futuro, o vereador pretende “criar novas valências” no Complexo. Prova disso é o facto de estar a ser estudada a criação de um ginásio, “para todo o público, e que pode vir a ser realidade a curto prazo”. Também a piscina não está esquecida. Se em dia de inauguração, Laurentino Dias deixou essa promessa, o vereador espera que a mesma “seja cumprida”. Ter mais de 2.000 utilizadores por mêsAntónio Pinheiro não esquece o elevado número de crianças e jovens que, diariamente, passam pelo local. “A União Desportiva da Tocha teve um aumento de crianças na formação e, actualmente, possui todos os escalões da formação, o que antigamente não acontecia”, sublinhou. Porque se trata de um projecto desenhado para “ir além dos limites do concelho”, algo que, aliás, “já acontece em termos distritais”, António Pinheiro eleva a fasquia para o segundo ano do espaço. “O objectivo é passar a barreira dos dois mil utilizadores mensais”, uma vez que, “quanto mais praticantes houver na área da formação, e não só, melhor”. Outro dos objectivos passa por “projectar o Complexo Desportivo para o exterior”, dinamizando iniciativas, e não só, que atraiam “equipas do topo nacional”, de futebol e outras modalidades.Além do torneio de futebol que assinala o 1.º aniversário, outro evento está previsto para Junho. “Pretendemos realizar um torneio semelhante ao que decorreu no dia da inauguração, que tem como principal objectivo ser um local de encontro de jovens na prática do futebol”, acrescentou António Pinheiro.

XI FEIRA DE REDUÇÕES


O comércio tradicional vive, por todo o lado, dificuldades conhecidas. As grandes superfícies e, muitas vezes, a ausência de vontade modernizadora, agravam o problema. É por isso também que, sendo o comércio tradicional responsável por muito emprego e por um volume de negócio assinalável, para além, claro está, do que contribuem para as receitas do orçamento das autarquias, merecem um carinho especial e uma atenção que não têm tido até aqui por parte de todos.
Venha apoiar o comércio tradicional, traga um amigo também.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

FRENTE UNITÁRIA CONTRA A CO-INCINERAÇÃO


Recomendo a consulta da notícia de hoje do Diário Económico de pag.s 44 e 45.

Na sequência dessa notícia cujo título é «GOVERNO QUER TRAVAR CONTESTAÇÃO NOS TRIBUNAIS» tendo como Sub-título «PROVIDÊNCIAS CAUTELARES VÃO TER NOVAS REGRAS», decidi tomar a iniciativa de lhes propor a criação de uma Frente Unitária contra a co-incineração de resíduos perigosos em Portugal com a constituição de uma Comissão Permanente que a represente.

Temos que contribuir para
a criação de um amplo Movimento de contestação nacional à co-incineração de resíduos perigosos que faça compreender aos portugueses que este é um problema que afecta não apenas Setúbal e Coimbra, que ficam a quatro quilómetros das cimenteiras de Outão e Souselas, mas também Lisboa que fica a 30 km em linha recta da cimenteira da Arrábida e muitos outros portugueses, desde logo os que venham a construir as suas casas com cimento resultante da co-incineração .
E é por isso que entendo que deveremos procurar a solidariedade das autarquias portuguesas no Continente e nas Regiões Autónomas para que se abstenham de comprar cimento resultante da co-incineração de resíduos perigosos e condicionem a aprovação dos projectos à não utilização desse tipo de cimento.
Vamos continuar a luta pela via judicial até ser reconhecido que a co-incineração de resíduos perigosos vai contra a Convenção de Estocolmo e se traduz na violação dos direitos constitucionais à protecção da saúde, a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado, à integridade física e ao livre desenvolvimento da personalidade.
Está em preparação uma nova acção cautelar sob a forma de acção popular que irá dar entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, assim que for concedida à Cimpor de Souselas a licença de exploração.
A lei não obriga a que se mencione nos sacos de cimento que o mesmo comporta resíduos perigosos.
O contacto da pele humana com esse tipo de cimento, nomeadamente com o tálio e o crómio, pode causar lesões dermatológicas irreversíveis, conforme resulta de estudos apresentados por Manuel Pinheiro, ex-Presidente da Associação Portuguesa de Engenheiros do Ambiente e pela Escola Nacional de Saúde Pública, que chega inclusive à conclusão de que «em situações graves, o crómio pode afectar todo o corpo e levar a uma incapacidade permanente para a construção civil, porque a partir da primeira reacção o mínimo contacto desencadeará nova alergia».
Vamos por isso alertar também todos os que trabalham o cimento para esses perigos.
A pirólise é o método mais adequado de tratamento de resíduos perigosos, não implicando a libertação de gases para a atmosfera, pois são canalizados para fins energéticos.
Só que essa solução não interessa às cimenteiras.
Querem pôr-nos a dormir no meio do lixo tóxico e pouco se importam com a afectação dos nossos pulmões ou com o aquecimento global do planeta.
É contra isso que teremos que lutar sem tréguas .
Agradeço que me respondam, de preferência, até 6ª Feira 15.02.2008 para podermos marcar um encontro para o fim-de-semana seguinte 23 a 25/02/2008.
Com a mais elevada consideração:

JORGE M. CASTANHEIRA BARROS

Advogado

Rua do Padrão 112 2º, 3000 - 312 Coimbra Portugal

Telef . 239 / 723948 Telem . 96 / 7001667

E-mails : castanheira@mail.com

castanheirabarros@hotmail.com

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Conservatório recebe comissão do ministério com manifestação


A delegação do Ministério da Educação que visitou o Conservatório de Música de Lisboa foi recebida com um coro de protestos de quem frequenta a instituição. Pais e alunos tentaram assim pressionar a comissão encarregue da reforma do ensino artístico, que se vai reunir com a direcção do conservatório, a promover alterações no diploma que acusam de acabar com as iniciações musicais e com o ensino supletivo.

Como já tínhamos feito referencia, circulam na net duas petições sobre ao assunto que devem ser assinadas e divulgadas.

PETIÇÃO AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PETIÇÃO AO PRIMEIRO MINISTRO E AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Encerramento de urgências em ritmo lento


A ministra da Saúde, Ana Jorge, já tem uma resposta no que se refere ao encerramento das urgências hospitalares, garantindo que primeiro serão criados meios alternativos para os cuidados de saúde e só depois se avança com o encerramento das urgências.
A Ministra nunca me enganou. Sempre soube que vinha com novas ordens, acabar com o SNS mas de uma forma mais lenta; enfim acabar com a contestação.
No que toca aqui à zona os factos e intenções demonstram cabalmente o que acabei de dizer.
Chamar urgências ao serviço que temos em Cantanhede é uma ofensa aos cantanhedenses e um exercido de magia que pode resultar mal. O que funciona em Cantanhede é um serviço de consulta que nem que nem está aberto 24 horas, onde não são atribuídas prioridades e a filosofia é encaminhar tudo para Coimbra, não serve a região de influência, trabalha mal, para não dizer pessimamente.
Na Anadia a ministra quer trocar as urgências por serviços que à muito deviam estar no terreno. è o mesmo que dizer não te dou de comer todos os dias mas de vez em quando vais ter uma refeição especial.
As urgências de Anadia e Cantanhede são fundamentais para a zona, pois para além de evitarem que muitos doentes tenham de recorrer aos já saturados hospitais de Coimbra e Aveiro, são um garante para a saúde das populações uma vez que o socorro é feito num local que pode ter muitos mais meios que uma ambulância, por um medico que está no local e não por um que tem de vir de Coimbra. Nunca por nunca devemos esquecer os mais desfavorecidos que para além de perderem certamente um dia de trabalho por se deslocarem a Coimbra ainda tem que arranjar sabe-se lá como dinheiro para a viagem de volta, mas nestes o poder politico pouco ou nada pensa, sobretudo porque têm um bom carrinho à porta ou moram mesmo numa grande cidade com um bom serviço de urgências por onde podem entrar pela porta VIP.
O povo da Anadia não vai aceitar o presente envenenado do governo, o mesmo devia fazer o povo de Cantanhede.

A propósito da Educação Artística

António Damásio é um exemplo que há portugueses de grande qualidade, que com as condições de trabalho e mentalidade que temos em Portugal nunca chegariam a mostrar o que valem. Devemo-nos orgulhar que em Português também há vozes que são ouvidas universalmente (menos em Portugal). Falou na Conferência Mundial de Educação Artística, no CCB, e referiu-se a um ponto inquietante e que é «as aptidões cognitivas das novas gerações se desenvolverem muito mais rapidamente do que as suas capacidades emocionais» A verdade é que a emoção, o seu desenvolvimento, o seu controlo, mas também o seu correcto cultivo é essencial para um equilíbrio da personalidade. E, por muitas e variadas causas, esse cultivo da emoção tem sido descurado na escola e na relação pais-filhos. A criança é estimulada nas suas áreas cognitivas, ou seja a aprender, aprender, aprender, mas não a conhecer os seus sentimentos. A Arte é o desenvolvimento estimulante para este equibrio saudável das nossas crianças. Diz António Damásio, "as crianças afectadas nos seus sistemas emocionais, nos primeiros anos de vida, não vão conseguir aprender as convenções sociais dos adultos e, como consequência disso, temos o facto de as patologias sociais, nomeadamente a dependência de drogas, estar a aumentar nas escolas". Isto não acontece é só em Portugal, é certo, mas se não aprendemos agora com os erros dos outros, "ontem" já é tarde. Temos TODOS de repensar a educação. E o principal de "TODOS" é o Ministério da Educação. Pense Educação, Pense Educação Artística, pense em Futuro. Pense em Pessoas não em Números.


Wikipédia
Arte-educação ou ensino de Arte é a educação que oportuniza ao indivíduo o acesso à Arte como linguagem expressiva e forma de conhecimento.
A educação em arte, assim como a educação geral e plena do indivíduo, acontece na sociedade de duas formas: assistematicamente através dos meios de comunicação de massa e das manifestações não institucionalizadas da cultura, como as relacionadas ao folclore (entendido como manifestação viva e em mutação, não limitado apenas à preservação de tradições);
e sistematicamente na escola ou em outras instituições de ensino.
A arte-educação tem um objetivo maior que a formação de profissionais dedicados a esta área de conhecimento, no âmbito da escola regular busca oferecer aos indivíduos condições para que compreenda o que ocorre no plano da expressão e no plano do significado ao interagir com as Artes, permitindo sua inserção social de maneira mais ampla.A criatividade é um dos recursos intelectuais mais preciosos para nosso dia-a-dia. No entanto, é na sala de aula que, permanentemente, ela precisa estar presente, pois dela depende o interesse e a dedicação de nosso aluno.

O educador criativo é também um artista, pois instiga o aprendizado de seus alunos utilizando recursos que vão além do livro didático: a importância da arte na educação cumpre com esta função.
"Na minha opinião, existem dois tipos principais de justificações para o ensino da arte. O primeiro tipo sublinha as consequências instrumentais da arte no trabalho e utiliza as necessidades concretas dos estudantes ou da sociedade como base principal para confirmar os seus objectivos. Este tipo de justificação denomina-se contextualista. O segundo tipo de justificação destaca o tipo de contribuição à experiência e ao conhecimento humanos que só a arte pode oferecer; acentua o que a arte tem de próprio e único. Este tipo de justificação denomina-se essencialista ." Elliot W. Eisner, "Educating artistic vision"

"O objectivo da educação pode ser apenas o de desenvolver, ao mesmo tempo que a singularidade, a consciência social ou a reciprocidade do indivíduo." Herbert Read, "A educação pela arte"

"Estou seguro de que o que está errado no nosso sistema educativo é precisamente o nosso hábito de estabelecer territórios separados e fronteiras invioláveis; e o sistema que proponho (...) tem por único objectivo a integração de todas as faculdades biologicamente úteis numa única actividade orgânica. Afinal não faço distinção entre ciência e arte, excepto no que respeita aos métodos, e julgo que a oposição criada entre elas no passado se deveu a uma visão limitada de ambas as actividades. A arte é a representação, a ciência a explicação - da mesma realidade." Herbert Read, "A educação pela arte"

Emoção é essencial para formar bons cidadãos

Educação artística deve ser colocada ao mesmo nível de importância das ciências exactas, defendeu neurocientista António Damásio A falta de ligação entre o desenvolvimento cognitivo e a emoção foi apontada por António Damásio como "preocupante" em termos das consequências que poderá vir a ter nas gerações futuras.O neurocientista, que foi um dos oradores convidados da Conferência Mundial de Educação Artística, que ontem começou no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, alertou para o facto de, no mundo actual da globalização e grande velocidade de informação, as aptidões cognitivas das novas gerações se desenvolverem muito mais rapidamente do que as suas capacidades emocionais. "Mas a emoção é essencial para a formação dos cidadãos", sublinhou.O director do Instituto do Cérebro e da Criatividade da Universidade da Califórnia sustentou que "as crianças afectadas nos seus sistemas emocionais, nos primeiros anos de vida, não vão conseguir aprender as convenções sociais dos adultos e, como consequência disso, temos o facto de as patologias sociais, nomeadamente a dependência de drogas, estar a aumentar nas escolas".Para António Damásio, "o ensino artístico é fundamental para o desenvolvimento de bons cidadãos e o seu papel na escola não deve ser secundarizado face a disciplinas como a Matemática ou outras ciências".
Importância dos criativos
Na mesma linha de ideias, também Ken Robinson, conselheiro de assuntos de Educação e um dos mais reconhecidos especialistas no campo da criatividade e inovação, disse acreditar que "a criatividade será colocada um dia ao mesmo nível da aprendizagem das ciências exactas". O especialista considerou ainda que a educação "não deve servir para dar ideia de que apenas a cabeça deve funcionar até porque o corpo é parte indissociável do ser humano". Os currículos, por sua vez, deverão ser "reconsiderados", defendeu, porque "não faz sentido separar o cognitivo das emoções já que ambos fazem parte dos seres humanos".O encontro promovido pela UNESCO em Lisboa contou, na sua sessão de abertura, com a presença de Jorge Sampaio. O PR considerou que, "para uma educação de qualidade não basta garantir o acesso à escola. O insucesso escolar, na base de inúmeros abandonos, deve ser combatido designadamente através do enquadramento de cada aluno, de apoios individualizados, da diversificação das ofertas educativas". Já o secretário-geral da Unesco, Koichiro Matsuuro, afirmou que a organização não deixará de continuar a recomendar aos governos que dêem um espaço de eleição à educação artística nos currículos".

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O que pensam disto?


SOBRE A REFORMA DO ENSINO ARTÍSTICO ESPECIALIZADO
Seis escolas do ensino especializado da Música e uma da Dança (todas no litoral e a norte do Tejo) constituem, hoje, a totalidade da rede de ensino público nestes domínios. Já o número de escolas do ensino particular e cooperativo no sector ascende a oitenta e sete. Tal facto bastaria para revelar a (falta de) atenção que sucessivos (e alternantes) governos têm prestado ao ensino especializado das Artes no nosso país, num contexto em que a crescente procura deste tipo de ensino – por motivações as mais diversas – não encontra resposta pública adequada. Entre muitos constrangimentos, as escolas do ensino artístico especializado debatem-se, desde sempre, com os obstáculos resultantes da publicação descuidada de legislação casuística e desarticulada, instalações precárias, inexistência de planos de formação, ausência de mecanismos de recrutamento e ingresso em quadros, situações a que urge pôr termo.

Num tal ambiente de abandono, têm as escolas públicas mobilizado esforços no sentido da constante melhoria das práticas educativas, da diversidade das ofertas, da disponibilização do acesso a este tipo de ensino ao maior número possível de crianças e jovens, quer mediante a implementação de cursos de iniciação (alargando a crianças do 1º ciclo do EB a aprendizagem em ambiente educativo especializado) quer mediante a celebração de acordos de parceria com as mais variadas instituições. De realçar, também, o insubstituível papel de difusão cultural que estas escolas desempenham nas comunidades (e para além delas) em que estão implantadas, demonstrado pelas dezenas de concertos promovidos por sua iniciativa, ano após ano, dentro e fora de portas.
Na sequência da publicação de um estudo de avaliação do EAE, a actual equipa do ME tomou a iniciativa de levar a cabo um processo a que chamou de "refundação" daquela modalidade de ensino. Também neste caso, o Governo de José Sócrates procedeu da forma costumeira: nomeou um Grupo de Trabalho cuja produção é de todo desconhecida, publicou anúncios na imprensa (em espaço de publicidade paga) e confrontou as escolas (professores, alunos e encarregados de educação) com directivas concebidas sem o seu envolvimento. Daquilo que vai chegando ao nosso conhecimento, o conjunto destas directivas parece mais orientado para a redução a dimensões quase simbólicas da presença da escola pública nesta área, do que para a efectiva resolução dos problemas existentes. Revestem-se de especial gravidade as possibilidades de:
· extinção das práticas de ensino especializado a crianças do 1º ciclo do EB;
· extinção dos regimes de frequência supletivo e articulado (que, na prática, inviabilizam a frequência destas escolas por jovens que habitem e estudem fora das localidades onde funcionam as escolas do ensino especializado).
Com tais medidas, a pretexto da melhoria da qualidade do ensino ministrado, o ME propõe a redução drástica, por decreto, do número de alunos no ensino especializado público.

É, pois, num tal quadro que a FENPROF considera urgente a adopção das seguintes medidas:
1. Proceder à ampliação da rede pública de escolas de Ensino Especializado de Música através da criação, numa primeira fase, de uma escola por capital de distrito, ficando em aberto a possibilidade de nova expansão. Para a concretização desta medida poderão utilizar-se, sempre que possível, os recursos já existentes no terreno, avaliando a transformação de actuais escolas do EPC em escolas públicas.

2. Criação de redes de escolas especializadas nas outras áreas artísticas.
3. Manter os três regimes de frequência actualmente em vigor: o articulado, o supletivo e o integrado, definindo claramente as respectivas finalidades e assegurando que em todas as escolas possam conviver os três regimes.
4. Reformular Planos de Estudo e Programas nas diversas disciplinas do ensino especializado.
5. Solucionar os problemas laborais específicos dos docentes do Ensino Artístico Especializado com as seguintes medidas:
· no ensino público,
i. procedendo à aplicação imediata da Resolução nº 17/2006, de 17 de Março, da Assembleia da República, que recomenda a promoção de medidas adequadas tendentes à integração em lugar de quadro dos docentes de técnicas especiais contratados com 10 ou mais anos de serviço.

ii. promovendo a apresentação de propostas concretas, a negociação e publicação de legislação que estabeleça critérios para a constituição dos quadros dos estabelecimentos de ensino artístico especializado, bem como a implementação de processos para que se proceda, em cada uma das escolas, à integração do pessoal docente em exercício;
· no ensino particular e cooperativo
i. fiscalizando as situações contratuais e penalizar as situações de flagrante ilegalidade (recibos verdes, contratos ilegais, etc.),
ii. condicionando a celebração de contratos de patrocínio à observância da Lei no que respeita às condições contratuais e de prestação de serviço docente.
6.
Definir as condições de articulação entre os vários níveis de ensino, principalmente entre o ensino especializado de nível secundário e o ensino superior especializado;
7. Proceder a uma avaliação do actual quadro legal regulamentador do ensino artístico especializado e clarificar, na lei, o enquadramento deste tipo de ensino;
8. Generalizar, no âmbito do ensino público, o acesso ao ensino especializado da música e da dança (bem como das outras formas de interpretação e expressão artística) aos alunos do 1º ciclo do ensino básico;

Tendo em conta o estabelecimento de uma estratégia para a consagração destas exigências, o Secretariado Nacional da FENPROF decide pedir uma reunião ao Ministério da Educação na qual serão apresentadas as prioridades definidas pela Federação num quadro de enorme carência (ou equívoco) de iniciativa política e apresentar propostas concretas para tirar o ensino artístico deste impasse. fonte. FENPROF

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

João Moura – Presidente da Câmara de Cantanhede



Acção social e cultura são prioridades

Em entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS, João Moura faz um balanço de metade do mandato e realça algumas das obras que gostava de ver concluídas em 2009. Num concelho onde as urgências acabaram, o autarca diz aguardar as decisões do novo titular da pasta da saúde e considera que ainda é cedo para dizer se volta a ser candidato. DIÁRIO AS BEIRAS – Qual o balanço que faz de dois anos de mandato?João Moura – É um balanço muito positivo. A câmara tem evidenciado uma forte dinâmica em todas as áreas da sua intervenção e os resultados, no essencial, correspondem ao que esperávamos. Isto não significa que não gostaríamos de ter ido um pouco mais longe num ou noutro sector, mas também temos a consciência de que os meios e os recursos de que a autarquia dispõe não permitem, e não vão permitir nunca, fazer ao mesmo tempo todas as obras e intervenções projectadas. A gestão municipal exige não só um planeamento muito rigoroso, com objectivos de médio e longo prazo, como também uma correcta adequação dos recursos disponíveis à concretização desses objectivos. É isso o que temos vindo a fazer, tomando as opções em função do que, na nossa perspectiva, favorece o processo de desenvolvimento económico e social do concelho numa base sustentável.Uma vez que já passou metade do tempo para o qual foi eleito, o que gostaria que tivesse sido feito e não foi? Como disse, a actividade da autarquia circunscreve-se a um planeamento que aponta para determinadas metas, que têm vindo a ser cumpridas, e só na avaliação que fizermos no final do mandato irei pronunciar-me sobre essa questão. Por agora, direi que foram concluídas importantes infra-estruturas e equipamentos, foi iniciada a execução de vários projectos estruturantes e criaram-se condições para que outros, muitos deles já adjudicados ou lançados a concurso, venham a merecer apoio financeiro no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Mas a avaliação da actividade camarária não se pode resumir às obras, há que ter em conta as dinâmicas que se desenvolvem, por exemplo, nos sectores da educação, da acção social, da cultura e do desporto, onde a acção da câmara tem sido amplamente reconhecida. E depois há ainda outros aspectos muito importantes a considerar, como o funcionamento dos serviços e a sua capacidade de resposta às crescentes exigências que lhes são colocadas. A este respeito, saliento, a título de exemplo, a certificação do sistema de gestão da qualidade. Tem sido muito gratificante ver o grande profissionalismo e o sentido de responsabilidade com que os funcionários de todos os sectores do município se têm empenhado nos processos implementados para qualificação dos serviços, o que aliás foi recentemente objecto de reconhecimento com a conquista do Prémio Nacional de Boas Práticas, atribuído pela secretaria de Estado da Administração Local.Quais as obras estruturantes que quer ver construídas até ao final do mandato?Para além da Casa Francisco Pinto, que será o pólo dinamizador de toda a política de intervenção social da autarquia e cuja obra está praticamente concluída, vamos avançar com a primeira fase do Parque Urbano de S. Mateus, que passará a ser uma zona de lazer de excelência, e com as obras de beneficiação no edifício do antigo Colégio Infante de Sagres, onde vai ser criada a Escola das Artes. Entretanto, no segundo semestre deste ano, deverão ser terminadas, quer a via Regional Cantanhede – IC1/Tocha, quer a variante Poente a Portunhos, e há condições para que a circular urbana externa a Cantanhede venha a ter um novo impulso até ao final do mandato, altura em que estarão já a funcionar os complexos desportivos de Cantanhede e Febres. Mas estruturantes são também os grandes avanços que estamos fazer no sector do saneamento. Com o contrato que celebrámos recentemente com a SIMRIA, em 2009 estará completamente resolvida a questão do da recolha e tratamento dos efluentes em sete freguesias, enquanto a INOVA tem vindo a intensificar a sua acção no alargamento da rede de saneamento, ao mesmo tempo que estão a ser projectadas as ETAR ainda necessárias. Finalmente, não posso deixar de referir o vasto conjunto de obras nas freguesias, algumas já em curso e outras adjudicadas, nos domínios da valorização urbana e paisagística dos recintos públicos e da requalificação da rede viária.Referiu que queria que fosse feita uma avaliação da consulta aberta não programada de agudos. Está descontente em relação à forma como está a decorrer este novo processo?O que referi nessa altura foi, no essencial, o que já tinha dito publicamente na presença do anterior ministro da Saúde. Digamos que fiz um alerta para que fossem accionados todos os mecanismos necessários a garantir o bom funcionamento da consulta aberta não programada, assegurando que estão acautelados os recursos humanos indispensáveis para que não haja qualquer prejuízo para os utentes no que diz respeito ao acesso às consultas programadas, quer no Centro de Saúde quer nas extensões de saúde das freguesias. É evidente que estas e outras questões têm de ser objecto de uma avaliação rigorosa, para verificarmos se estão a ser cabalmente cumpridos os termos do protocolo celebrado com o ministério da Saúde. Não abdicamos de ter no concelho melhor acesso e melhores cuidados de saúde do que aqueles que existiam antes.E que comentário lhe merece a demissão do ministro da Saúde?Mais do que fazer qualquer comentário à demissão do ministro da Saúde, importa agora esperar para ver se vai haver alterações à orientação política que tem vindo a ser seguida. A nós cumpre-nos defender intransigentemente os superiores interesses da população do concelho, procurando garantir cada vez melhores condições de acesso aos cuidados de saúde. É o que temos feito e é isso que vamos continuar a fazer, independentemente de quem seja titular da pasta da saúde.Tem sido falado um novo modelo de regionalização. O que pensa sobre o assunto? A regionalização é um tema recorrente na política portuguesa e creio que o vai ser por muito mais tempo, pelo menos até ao momento em que seja realizado um novo referendo ou que haja uma iniciativa legislativa nesse sentido. O que é certo é que se torna necessário melhorar o modo como têm vindo a ser implementados os programas de desenvolvimento de base regional. Isso poderia conseguir-se com a criação de regiões ou, pelo menos, com o reforço da intervenção dos municípios em estruturas inter-municipais com competências para participar activamente, quer na definição das estratégias de desenvolvimento regional, quer na gestão dos programas operacionais e dos respectivos fundos. Vai ser candidato às próximas eleições autárquicas? Ainda não é a altura oportuna para me pronunciar sobre o assunto. Sem pretender criar qualquer tabu, entendo que uma decisão dessa natureza só deve ser anunciada depois de ter sido discutida nos órgãos próprios do partido, e como isso ainda não aconteceu, não posso responder à questão.

Coimbra Situação caótica agravada por fecho de urgências na região


Nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) a longa espera é sempre certa para os utentes que se dirigem à Urgência. A semana passada, o JN esteve várias vezes no Serviço de Urgência dos HUC, de forma incógnita, e assistiu ao desespero de quem demorou horas e horas a ser etendido.



Se o cenário já era complicado antes do fecho das urgências de Cantanhede e Anadia e de alguns serviços de atendimento permanente na região, então a partir daí o panorama tornou-se insuportável.


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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Praia da Tocha


Especialistas em orientação competem na Praia da Tocha
Atletas da Suécia, Grã-Bretanha, Canadá, França, Noruega, Alemanha, Áustria, Finlândia, República Checa, Suíça, Israel, Bélgica, Bulgária, Espanha e Portugal, estão em peso este fim-de-semana na Praia da Tocha para disputar troféu internacional

É já neste primeiro fim-de-semana (8, 9 e 10) que se disputa o I Troféu Internacional de Orientação de Cantanhede, prova pontuável para a Taça de Portugal da modalidade e para o ranking mundial de orientação (WRE). Esta competição, que vai mobilizar mais de um milhar de atletas, vai realizar-se na zona florestal da Praia da Tocha e ainda em zona florestal adjacente ao hospital Rovisco Pais, na Tocha.
Organizado pela ORI – Clube de Orientação de Estarreja e pela Federação Portuguesa de Orientação, em parceria com a Câmara Municipal de Cantanhede, esta prova – inédita no concelho de Cantanhede, vai ser supervisionada pela Federação Internacional de Orientação e terá em competição um número de atletas superior a um milhar, dos quais mais de 400 são oriundos de 14 países estrangeiros, designadamente Suécia, Espanha, Bulgária, Bélgica, Israel, Suíça, Checoslováquia, Finlândia, Áustria, Alemanha, Noruega, França, Canadá e Grã-Bretanha, além de Portugal.
Durante os três dias, as provas irão decorrer numa vasta área florestal que se estende desde o Hospital Rovisco Pais até às praias da Tocha e Palheirão, sendo o centro nevrálgico da organização o complexo desportivo da Tocha, onde será montada uma estrutura logística de grande dimensão para corresponder às exigências de uma das mais importantes competições da modalidade, ficando aí situada a zona destinada às cerimónias protocolares, no início e final da competição.
É a partir desse centro de operações que se vão realizar determinados percursos seguindo mapas à escala 1/10.000, elaborados por uma das mais prestigiadas equipas de cartógrafos internacionais. Mapas que têm inscritos os 75 postos de controlo diário, onde os atletas terão de confirmar a sua passagem.
A organização deste primeiro troféu internacional de Orientação de Cantanhede envolve um “staff” de mais de 70 pessoas, distribuídas pelas várias estruturas de apoio, designadamente o local de início e de chegada, secretariado e informática, e contempla a realização de 16 diferentes percursos por dia, em 38 categorias, em função das quais haverá mais ou menos postos de controlo a cumprir, no máximo de 30.
As provas rainhas são, sem dúvida, as destinadas ao escalão de elite, que se realizam sábado, dia 9, e que contam para o ranking mundial de Orientação (WRE).
No domingo, 10, também de elite, é o percurso para o sector masculino que tem uma distância de 14,3 quilómetros e 30 pontos de controlo – os mesmos do feminino -, que, no entanto, tem 11,5 quilómetros de extensão.
Além da competição propriamente dita, é também de destacar uma prova nocturna a realizar sábado, a partir das 19h00, na Praia da Tocha, esta sem carácter competitivo, na qual os participantes terão oportunidade de conhecer de forma descontraída uma zona balnear de grandes qualidades.
Realce-se, também, que as entidades promotoras deste evento desportivo, nomeadamente a Câmara de Cantanhede, aproveitaram esta enorme movimentação desportiva internacional para promover e divulgar a modalidade junto dos mais jovens, estando, por isso, agendada para sexta-feira uma prova de orientação a disputar por alunos das escolas do concelho.
José Carlos Silva

X Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede começa a 9 de Fevereiro


A Câmara Municipal tem já definida toda a programação do X Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede. Organizado pela autarquia, o evento visa promover a dinamização cultural no domínio das artes cénicas, através da participação das associações que desenvolvem actividade regular nesse âmbito, contemplando manifestações teatrais de índole diversa, desde a representação de textos “clássicos”, a peças teatrais de carácter mais popular, passando pelos musicais e revistas. O objectivo é, mais uma vez, fomentar a revitalização da produção teatral no concelho e, simultaneamente, proporcionar apoio às associações com tradição nessa área
Através de um modelo de organização destinado a favorecer a permuta de experiências entre os participantes, cada grupo de teatro realiza dois espectáculos, um na localidade onde está sedeada, outro numa das freguesias a que pertencem as restantes associações intervenientes, no que constitui um alargado intercâmbio artístico de grande alcance cultural, com efeitos muito positivos em termos de evolução do seu trabalho de produção teatral.
O X Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede tem início no próximo dia 9 de Fevereiro e culminará a 12 de Abril, com um convívio-festa entre os elementos dos grupos participantes. Durante esse período, todos os fins-de-semana, aos sábados (está prevista apenas uma curta pausa no fim-de-semana de Páscoa), haverá pelo menos dois espectáculos em localidades diferentes, o que, no final irá traduzir-se num total de 25 espectáculos.
A edição deste ano conta com a participação de catorze grupos de doze freguesias do Concelho, designadamente os seguintes: Novo Rumo - Teatro de Amadores, Ançã; Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal”, Cadima; Grupo Cénico do Rancho Regional «Os Esticadinhos de Cantanhede»; Grupo de Teatro do Grupo de Jovens «Estrela que Brilha», de Cordinhã; Grupo de Teatro “Cordinha d’Água” de Cordinhã; Grupo de Teatro Experimental «A Fonte» de Murtede; Grupo Cénico do C.S.P.O – Centro Social e Polivalente de Ourentã; Grupo de Teatro, Arte e Cultura da Pocariça; Grupo de Teatro “Renascer” da Sanguinheira; Grupo Cénico do Clube União Vilanovense, Outil; GATT – Grupo Amador de Teatro da Tocha; Grupo de Teatro da ARCAF – Associação Recreativa e Cultural Amigos da Fontinha, Febres; Grupo de Teatro do "Pedra Rija" de Portunhos; Grupo de Teatro S. Pedro – Cantanhede (Paróquia de Cantanhede).
Para fazer face às elevadas despesas na preparação, montagem e representação das peças – cenários, som, luz, adereços, caracterização, guarda-roupa e transportes – o Município de Cantanhede atribui a cada grupo um subsídio no valor de 700,00 euros, o que perfaz um total de 9.800,00 euros nas despesas de organização do evento. Além deste montante a Câmara Municipal assegura ainda outras despesas, designadamente as que têm a ver com a divulgação dos espectáculos e apoio logísticos aos grupos.

FONTE

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

CNE aconselha Governo a meter na gaveta a lei da gestão escolar


Conselho Nacional de Educação (CNE) prepara-se para votar um parecer sobre o projecto de decreto-lei do regime jurídico de autonomia e gestão das escolas onde, na prática, aconselha o Governo a abandonar esta reforma, à qual aponta várias falhas. Em alternativa, sugere que sejam feitas algumas mudanças na legislação em vigor.

Numa "versão provisória" do parecer, que será votado esta quinta-feira - a que o DN teve acesso -, os conselheiros sugerem ao Governo que crie "mecanismos de avaliação e acompanhamento" do decreto lei 115A/98, ao abrigo do qual foram recentemente celebrados 22 contratos de autonomia com estabelecimentos de ensino. Quanto à nova iniciativa da tutela, dizem não ser "desejável", no actual quadro, "que se procedam a outras alterações no modelo de autonomia e gestão em vigor".

Recorde-se que o facto de ainda se aguardarem os pareceres do CNE e da Confederação Nacional das Associações de Pais ter sido o motivo invocado pelo Ministério da Educação para adiar por uma semana, até à próxima sexta-feira, o final do período de discussão pública do diploma, aprovado em Dezembro pelo Conselho de Ministros.

O primeiro-ministro, José Sócrates, tinha de resto incentivado os conselheiros a pronunciarem-se sobre a matéria, afirmando, no final de uma reunião com o CNE em meados de Dezembro, que a proposta do Governo tinha sido recebida com "consenso" na comissão.

O facto é que na versão provisória são muitas as críticas apontadas à iniciativa legislativa da tutela. Nomeadamente a alguns dos aspectos mais controversos da reforma. Desde logo, é rejeitada a ideia-chave de que as funções de direcção terão de ser desempenhadas por um órgão unipessoal, sendo sugerido que, tal como sucede com a actual lei, seja deixado ao novo órgão fiscalizador de cada escola , o Conselho Geral, a "decisão sobre o modelo [de liderança] a adoptar", que até poderá ser a actual gestão "colegial" dos conselhos executivos.

Sobre o Conselho Geral, o parecer aponta várias críticas: a começar pelo nome da estrutura, que, no entender do CNE, ficaria melhor servida com a actual designação de "assembleia de escola"; passando pela imposição de uma quota máxima de 50 por cento para os representantes de professores e funcionários; e terminando na proibição de este órgão ser dirigido por um professor. Por outro lado, A abertura deste órgão à comunidade, nomeadamente autarquias e famílias, é um dos poucos aspectos "aplaudidos" pelo Conselho Nacional de Educação.
PEDRO SOUSA TAVARES

sábado, 2 de fevereiro de 2008


Esta menina de 5 anos chama-se Mari Luz Cortés e desapareceu em Huelva, onde vive, quando saiu de casa para comprar guloseimas no domingo passado (13/1/2008). É de etnia cigana. A Polícia tem fortes suspeitas de que estará em Portugal, pois houve quem a visse perto da fronteira. A Espanha inteira procura por ela. Repito: é de etnia cigana. Não é uma inglesa loirinha de boas famílias, nem filha de médicos, e nenhum jogador de futebol famoso vai aparecer com a foto dela a fazer apelos na TV. No entanto, se a vossa consciência assim o ditar, divulguem esta foto e façam por ela o mesmo que fizeram pela Maddie.